[...]
Disse
que sou um “inventor” de estórias. Mas não é bem assim. As estórias não são
inventadas pelo escritor da mesma forma com as músicas não são compostas pelo compositor.
[...]
As
estórias são criaturas do tempo da imaginação, tempo do eterno retorno, das
repetições, das ressurreições. Quando se conta de novo uma estória , aquilo que nela aconteceu no passado
imaginário se torna vivo no presente. Sim, já ouvimos a música muitas vezes.
Sabemos de cor. Mas queremos ouvir de novo para sentir a sua beleza sempre
presente, para rir e chorar. [...]
(ALVES, Rubem.A maçã e outros sabores. Campinas: Papirus, 2005. P. 76.8.)
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