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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Recita de ano novo





Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)


para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo

até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens?

passa telegramas?)




Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.


É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.




Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."


Isaías 9.6

Visita à Casa da Madalena

Turminha, Feliz Natal! Foi bom contar com vocês, sentirei saudades !
Boas Férias!!!!
Fazer o bem nos deixa assim... Felizes demais!!!!!!!!
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Um pouquinho de Cora Coralina






Antiguidades


Quando eu era menina

bem pequena,

em nossa casa,

certos dias da semana

se fazia um bolo,

assado na panela

com um testo de borralho em cima.



Era um bolo econômico,

como tudo, antigamente.

Pesado, grosso, pastoso.

(Por sinal que muito ruim.)



Eu era menina em crescimento.

Gulosa,

abria os olhos para aquele bolo

que me parecia tão bom

e tão gostoso.



A gente mandona lá de casa

cortava aquele bolo

com importância.

Com atenção. Seriamente.

Eu presente.

Com vontade de comer o bolo todo.



Era só olhos e boca e desejo

daquele bolo inteiro.

Minha irmão mais velha

governava. Regrava.

Me dava uma fatia,

tão fina, tão delgada...

E fatias iguais às outras manas.

E que ninguém pedisse mais !

E o bolo inteiro,

quase intangível,

se guardava bem guardado,

com cuidado,

num armário, alto, fechado,

impossível.



Era aquilo, uma coisa de respeito.

Não pra ser comido

assim, sem mais nem menos.

Destinava-se às visitas da noite,

certas ou imprevistas.

Detestadas da meninada.



Criança, no meu tempo de criança,

não valia mesmo nada.

A gente grande da casa

usava e abusava

de pretensos direitos

de educação.



Por dá-cá-aquela-palha,

ralhos e beliscão.

Palmatória e chineladas

não faltavam.

Quando não,

sentada no canto de castigo

fazendo trancinhas,

amarrando abrolhos.

"Tomando propósito".

Expressão muito corrente e pedagógica. Aquela gente antiga,

passadiça, era assim:

severa, ralhadeira.



Não poupava as crianças.

Mas, as visitas...

- Valha-me Deus !...

As visitas...

Como eram queridas,

recebidas, estimadas,

conceituadas, agradadas!



Era gente superenjoada.

Solene, empertigada.

De velhas conversar

que davam sono.

Antiguidades...



Até os nomes, que não se percam:

D. Aninha com Seu Quinquim.

D. Milécia, sempre às voltas

com receitas de bolo, assuntos

de licores e pudins.

D. Benedita com sua filha Lili.

D. Benedita - alta, magrinha.

Lili - baixota, gordinha.

Puxava de uma perna e fazia crochê.

E, diziam dela línguas viperinas:

"- Lili é a bengala de D. Benedita".

Mestre Quina, D. Luisalves,

Saninha de Bili, Sá Mônica.

Gente do Cônego Padre Pio.



D. Joaquina Amâncio...

Dessa então me lembro bem.

Era amiga do peito de minha bisavó.

Aparecia em nossa casa

quando o relógio dos frades

tinha já marcado 9 horas

e a corneta do quartel, tocado silêncio.

E só se ia quando o galo cantava.



O pessoal da casa,

como era de bom-tom,

se revezava fazendo sala.

Rendidos de sono, davam o fora.

No fim, só ficava mesmo, firme,

minha bisavó.



D. Joaquina era uma velha

grossa, rombuda, aparatosa.

Esquisita.

Demorona.

Cega de um olho.

Gostava de flores e de vestido novo.

Tinha seu dinheiro de contado.

Grossas contas de ouro

no pescoço.



Anéis pelos dedos.

Bichas nas orelhas.

Pitava na palha.

Cheirava rapé.

E era de Paracatu.

O sobrinho que a acompanhava,

enquanto a tia conversava

contando "causos" infindáveis,

dormia estirado

no banco da varanda.

Eu fazia força de ficar acordada

esperando a descida certa

do bolo

encerrado no armário alto.

E quando este aparecia,

vencida pelo sono já dormia.

E sonhava com o imenso armário

cheio de grandes bolos

ao meu alcance.



De manhã cedo

quando acordava,

estremunhada,

com a boca amarga,

- ai de mim -

via com tristeza,

sobre a mesa:

xícaras sujas de café,

pontas queimadas de cigarro.

O prato vazio, onde esteve o bolo,

e um cheiro enjoado de rapé.



Cora Coralina

domingo, 19 de dezembro de 2010

Recuperação - É nóis!



Calma! Só mais um pouquinho de tempo e as férias chegarão. "Tão somente esforça-te e tem bom ânimo " Josué 1.7

" A recuperação é uma chance de esclarecer dúvidas com o professor, aprender o que foi deixado passar e de ter uma nova avaliação a fim de poder passar de ano. É um momento de estudo específico, ou seja, um momento  para estudar somente as matérias que foram de difícil entendimento."


Duas palavras: vamos estudar!
 
Beijo!

Exercícios - Orações coordenadas e subordinadas Recuperação / 8as.

Oi, turminha!

Mais exercícios. Gabarito só após trabalharmos em sala. Beijo!

01) ESPCEX - No período: “... no fundo eu não estava triste com a viagem de meu pai, era a primeira vez que ele ia ficar longe de nós por algum tempo ...”, a oração sublinhada é:

a) subordinada substantiva predicativa;

b) subordinada adjetiva restritiva;

c) subordinada adverbial de lugar;

d) subordinada substantiva subjetiva.



02) ESFAO - Somando os números correspondentes às orações corretas quanto à classificação das mesmas, você encontrará a resposta da questão.

“Garantiram-me que, depois de preenchido o formulário, que me enviaram pelo correio na segunda-feira sem falta e pagar a minha taxa de inscrição, eu seria atendido em menos de quarenta e oito horas.” (F. Sabino)


(02) 1º oração: principal;

(08) 2º oração: subordinada substantiva objetiva direta;

(14) 3º oração: subordinada substantiva objetiva direta;

(20) 4º oração: subordinada adjetiva restritiva;

(26) 5º oração: coordenada sindética aditiva em relação à 3º e subordinada adverbial temporal em relação à 1ª.



a) 24

b) 36

c) 48

d) 56

e) 70



03) AFA - Em que alternativa, a oração subordinada não é da mesma natureza da que existe em “Quero que vocês escrevam uma composição”?

a) “E anunciou que não nos faria cantar.”

b) “Esperava um irmão que vinha buscá-la.”

c) “Vamos fazer de conta que estamos na aula de Português.”

d) “Circulava a história de que ela dormia no sótão do colégio.”



04) EFOMM - Assinale o par de orações grifadas cuja classificação está trocada:


a) Vi onde ela estuda. (subordinada substantiva objetiva direta)

É sabido onde ela estuda. (subordinada substantiva subjetiva)


b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa)

Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal)


c) Descobriu-se por quem o carro foi consertado. (subordinada adjetiva restritiva)

Descobriu-se a pessoa por quem o carro foi consertado. (subordinada substantiva subjetiva)

d) “Quando você foi embora, Fez-se noite em meu viver (...)” (subordinada adverbial temporal)

Perguntei ao professor quando faríamos a prova. (subordinada substantiva objetiva direta)


e) “Estêvão ficou ainda algum tempo encostado à cerca na esperança de que ela olhasse (...)”

(subordinada substantiva completiva nominal)

“A ambição e o egoísmo se opõem a que a paz reine sobre a Terra.” (subordinada substantiva objetiva indireta)



05) Colégio Naval

1.Vamos até a Matriz de Antônio Dias

2. onde repousa, pó sem esperança, pó sem lembrança, o Aleijadinho.

3. Vamos subindo em procissão a lenta ladeira.

4. Padres e anjos, santos e bispos nos acompanham

5. e tornam mais rica, tornam mais grave a romaria de assombração.

6. Mas já não há fantasmas no dia claro,

7. tudo é tão simples,

8. tudo tão nu,

9. as cores e cheiros do presente são tão fortes e tão urgentes

10.que nem se percebem catingas e rouges, boduns e ouros do século 18.

(O vôo sobre as igrejas, Carlos Drumond de Andrade)



O “que” do verso 10 apresenta o valor semântico de:


a) explicação;

b) condição;

c) conformidade;

d) consequência;

e) lugar.


06) Colégio Naval - No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”, a última oração se classifica como:

a) coordenada sindética adversativa;

b) principal;

c) subordinada substantiva objetiva direta;

d) subordinada adverbial comparativa;

e) subordinada substantiva subjetiva.



07) AFA


Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó Liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!

- Mas, se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte...


As orações “Desafia o nosso peito a própria morte”, “que um filho teu não foge à luta” e “quem te adora” classificam-se, respectivamente, como:


a) principal, subordinada substantiva subjetiva, subordinada adjetiva restritiva;

b) principal, subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva objetiva direta;

c) principal, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva subjetiva;

d) coordenada assindética, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva

apositiva.



08) EPCAR - Marque a alternativa que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.

a) “Como fazem os pelintras de hoje para não molhar os pés nos dias de chuva?”

b) “Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas galochas.”

c) “Um dia as galochas me serão úteis, quando eu for suficientemente velho para merecê-las.”

d) “No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvime ver livre das galochas.”

e) “No centro da cidade um sol radioso varava as nuvens e caía sobre a rua, enchendo tudo de luz, fazendo evaporar as últimas poças de água que ainda pudessem justificar minhas galochas.”



09) EFOMM - Assinale o único exemplo em que não ocorre oração subordinada substantiva subjetiva:

a) “Cansativo que seja, urge atravessarmos o campo que banha o Rio Negro antes de anoitecer.”

b) “Todo escritor que surge reage contra os mais velhos, mesmo que o não perceba, e ainda que os admire.”

c) “Dormiram naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais agradável dormirem numa cama de lastro de couro.”

d) “É preciso que o pecador reconheça ao menos isto: que a Moral católica está certa e é

irrepreensível.”

e) “Sobre a multiplicidade informe e confusa dos bens da matéria é mister que paire a força

ordenadora do espírito.”



10) Colégio Naval - Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios descomunais que desconhecemos, arrogantes embora, na suposição de que é conosco que Deus se preocupa.

A última oração do texto deve ser classificada como subordinada:


a) adverbial concessiva;

b) substantiva completiva nominal;

c) adjetiva restritiva;

d) substantiva predicativa;

e) substantiva subjetiva.



11) ESFAO - Em “Dentro dela se abrigava a multidão de bárbaros e de estranhos ali recebidos com brandura e carinho” e “Tudo o que era natureza tinha o aspecto sinistro, trágico, desolador (...)”, temos, respectivamente:

a) uma oração com sujeito simples; / duas orações com sujeito representado por pronomes

(respectivamente, demonstrativo e relativo);

b) duas orações, uma com sujeito claro, outra, oculto; / duas orações, tendo a primeira o sujeito

simples representado por pronome relativo, a segunda, por um substantivo;

c) uma oração com sujeito composto cujos núcleos são bárbaros e estranhos; / duas orações,

estando a subordinada com sujeito oculto;

d) uma oração com sujeito simples; / uma oração com sujeito representado por pronome indefinido;

e) uma oração com sujeito pronominal; / uma oração com sujeito oracional.



12) EFOMM - “Não sei de onde te conheço.” A classificação correta da oração grifada está na opção:

a) substantiva predicativa;

b) adjetiva restritiva;

c) substantiva subjetiva;

d) substantiva objetiva indireta;

e) substantiva objetiva direta.


13) EPCAR

Quando uma nuvem nômade destila

gotas, roçando a crista azul da serra,

umas brincam na relva, outras tranqüilas,

serenamente entranham-se na terra.

E a gente fala da gotinha que erra

de folha em folha e, trêmula, cintila,

mas nem se lembra da que o solo encerra,

de que ficou no coração da argila!

Quanta gente, que zomba do desgosto

mudo, da angústia que não molha o rosto

e que não tomba, em gotas, pelo chão

havia de chorar, se adivinhasse

que há lágrimas que correm pela face

e outras que rolam pelo coração!


(Guilherme de Almeida)



Entre as alternativas abaixo, a única correta é:

a) não há oração adverbial no texto em apreço;

b) há menos de quatro orações adjetivas no soneto;

c) há oração substantiva sem sujeito;

d) na oração “que há lágrimas”, o que não é integrante;

e) não há pronome demonstrativo no referido texto.



14) CESGRANRIO - “Hoje, a dependência operacional está reduzida, uma vez que o Brasil adquiriu auto-suficiência na produção de bens como papel-imprensa (...)” A oração grifada no período acima tem valor:


a) condicional;

b) conclusivo;

c) concessivo;

d) conformativo;

e) causal.



15) Colégio Naval



“No entanto parece que os freqüentadores deste cinema

Estão perfeitamente deslembrados de que terão de morrer

- Porque em toda sala escura há um grande ritmo de esquecimento e equilíbrio.”


A última oração do poema tem valor:


a) subordinativo, revelando uma idéia de causa;

b) coordenativo, traduzindo uma idéia de explicação;

c) subordinativo, denotando conclusão;

d) coordenativo, traduzindo uma idéia de tempo;

e) subordinativo, revelando uma idéia de conseqüência.



16) UNIRIO - Assinale o item em que há uma oração adjetiva.


a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo.

b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso.

c) Perdeste a noção do tempo?

d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando.

e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além, gritavam as gaivotas.



17) Colégio Naval



Nada sei, afinal, da tua aparência no tempo, a não ser o que me contavam em casa, desde menino: que eras ruivo como eu, que vieste em vinte e quatro, com os primeiros colonos, e abandonaste logo a tua pobre lavoura, encravada nos matos de Sapucaia, para alistar-te entre os Farroupilhas.

Pudesse eu, armado de vidência, acompanhar-te o passo, Maria Klinger; ver claramente vistas as tuas andanças de colona; como venceste as veredas e picadas; como tomaste o caminho que ia dar nos arredores da cidade; como paraste, cansada, à sombra das árvores, ou foste pedir, na tua língua de trapos, um pouco de água para a tua sede (...)


Assinale o único item que não apresenta uma oração subordinada substantiva objetiva direta.


a) “(...) a não ser o que me contavam em casa (...)”

b) “(...) que eras ruivo como eu.”

c) “(...) e abandonaste logo a tua pobre lavoura (...)”

d) “(...) como venceste as veredas e picadas (...)”

e) “(...) ou foste pedir (...) um pouco de água para a tua sede”



18) PUC - “É preciso (I) levar tudo isso em conta (II) quando se analisa o (III) que está ocorrendo em nossos dias.” A classificação das orações subordinadas sublinhadas é, respectivamente:



a) adjetiva (I), adverbial (II), substantiva (III);

b) substantiva (I), adjetiva (II), substantiva (III);

c) adverbial (I), substantiva (II), adjetiva (III);

d) substantiva (I), adverbial (II), adjetiva (III);

e) adverbial (I), adverbial (II), substantiva (III).



19) ESPCEX - Marque a alternativa que indica a correta classificação das orações sublinhadas, segundo a ordem em que estas aparecem nas frases abaixo:

1) Robertinho, com ser inteligente, não foi aprovado no concurso.

2) Não é permitido transitar por esta rua.

3) Chocou-nos o seu modo áspero de falar, embora não tivesse o propósito de ofender a pessoa alguma.




a) subordinada substantiva apositiva, subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva;

b) subordinada adverbial conformativa, subordinada substantiva predicativa, subordinada

completiva nominal;

c) subordinada adverbial concessiva, subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva completiva nominal;

d) subordinada substantiva apositiva, subordinada substantiva subjetiva, subordinada adjetiva.

Resposta: __________



20) Colégio Naval - No período: “Quando o rei Herodes mandou decapitar crianças, eu o levei na fuga para o Egito”, as orações classificam-se, respectivamente:



a) subordinada adverbial temporal / subordinada substantiva objetiva direta / principal;

b) subordinada adverbial temporal / principal;

c) principal / substantiva objetiva direta / coordenada assindética;

d) coordenada sindética conclusiva / coordenada assindética;

e) subordinada adverbial proporcional / principal.



21) UNIRIO - Em “Entende-se bem que D. Tonica observasse a contemplação dos dois”. à oração principal segue-se uma oração subordinada:



a) substantiva subjetiva;

b) substantiva objetiva direta;

c) adjetiva restritiva;

d) adverbial causal;

e) adverbial concessiva.



22) ESFAO - Que oração subordinada substantiva em destaque é completiva nominal:


1) desejo que um dia me restitua uma parte de sua estima.

2) habituei-me a considerar a riqueza primeira força.

3) pensando que os poderia refazer mais tarde.

4) e os exemplos ensinavam-me que o casamento era meio legítimo.

5) o casamento era meio legítimo de adquiri-la.



23) EFOMM - Marque a classificação correta das orações destacadas no período: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que a produção e o lucro eram bastante razoáveis.”

a) subordinada adverbial temporal - subordinada substantiva objetiva direta;

b) principal - subordinada substantiva completiva nominal;

c) subordinada adverbial temporal - subordinada adjetiva restritiva;

d) principal - subordinada adverbial final;

e) subordinada adverbial condicional - subordinada substantiva subjetiva.



24) Colégio Naval - Marque a alternativa em que a oração destacada não se encontra corretamente classificada.

a) “Parece que eu não acreditava na história” - oração subordinada substantiva subjetiva;

b) “(...) torcíamos para ele subir mais” - oração subordinada adverbial final;

c) “Lembro-me (...) desse jardim que não existe mais.” - oração subordinada adjetiva restritiva;

d) “Lá fora, uma galinha cacareja, como antigamente.” - oração subordinada adverbial

comparativa;

e) “Diziam que São Pedro estava arrastando os móveis” - oração subordinada substantiva subjetiva.



25) UNIRIO - No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu, indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações subordinadas são respectivamente:


a) adjetiva e adverbial temporal;

b) substantiva predicativa e adjetiva;

c) adverbial temporal e adverbial temporal;

d) adverbial temporal e adverbial consecutiva;

e) adverbial temporal e adjetiva.

26) EFOMM - Assinale a opção em que uma oração subordinada destoa das demais:

a) Nunca souberam como ele morreu.

b) É proibido falar ao motorista.

c) Diz-se que amor com amor se paga.

d) Nunca se sabe quando ele fala sério.

e) Importa apenas que os dois se respeitem.



27) UFRRJ - “Tal era a fúria dos ventos, que as copas das árvores beijavam o chão.” Neste período, a oração subordinada é adverbial:

a) concessiva;

b) condicional;

c) consecutiva;

d) proporcional;

e) final.


28) EFOMM - “Depois que o velho morresse, não teria mais graça saltar o muro para roubar fruta na sua horta.” As duas últimas orações do período são, respectivamente:

a) subordinada substantiva subjetiva / subordinada substantiva completiva nominal;

b) subordinada substantiva objetiva direta / subordinada adverbial final;

c) subordinada substantiva objetiva indireta / subordinada substantiva completiva nominal;

d) subordinada substantiva subjetiva / subordinada adverbial final;

e) subordinada substantiva predicativa / subordinada completiva nominal.



29) CESGRANRIO - Assinale a classificação correta da oração sublinhada:

“Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta.”

a) subordinada adverbial temporal;

b) subordinada adverbial proporcional;

c) subordinada adverbial consecutiva;

d) coordenada sindética conclusiva;

e) coordenada assindética.



30) Colégio Naval - No período: “E era uma tal multidão de astros a tremeluzir que, juro, às vezes, tinha a impressão de ouvir o burburinho infantil de suas vozes.”, o vocábulo sublinhado introduz uma oração:

a) subordinada adjetiva explicativa;

b) subordinada adverbial causal;

c) subordinada substantiva objetiva direta;

d) subordinada adverbial consecutiva;

e) subordinada adverbial concessiva.



31) PUC - “quando eu quiser sei onde achá-lo”. As orações sublinhadas são classificadas, respectivamente, como:

a) adverbial / adjetiva;

b) adverbial / adverbial;

c) adverbial / substantiva;

d) adjetiva / substantiva;

e) principal / adverbial.


32) EFOMM - Todas as orações estão analisadas corretamente, exceto:

a) Sem que me ajudasses, nada poderia fazer. (sub. adverbial condicional)

b) Os empregados estavam esgotados de modo que se retiraram imediatamente.

(sub. adv.consecutiva)

c) Admira-me que não tenhas podido chegar a tempo. (sub. substantiva subjetiva)

d) “Plante, que o João garante.” (coordenada sindética explicativa)

e) Fazia um calor de fritar ovos no chão. (sub. substantiva completiva nominal)



33) ESFAO - Marque a opção correta:

Comparando-se as duas falas de Esopo:
1º “Com a língua se ensina, se persuade ... se afirma.”

2º “É a língua que mente, que esconde ... que corrompe.”


Verifica-se na estruturação a seguinte característica:

a) apenas períodos compostos por subordinação;

b) na primeira, um período composto por coordenação; na segunda, um período composto por

subordinação;

c) orações sem sujeitos, pois todos os verbos são impessoais;

d) identidade sintática, mas oposição semântica;

e) semelhança semântica, sintática e morfológica.


34) Colégio Naval

“Sai, afastando-me dos grupos, e fingido ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.”

(Quincas Borba - M. de Assis)

“(...) que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.”uma oração:

a) adjetiva restritiva;

b) adjetiva explicativa;

c) adverbial condicional;

d) substantiva subjetiva;

e) substantiva objetiva direta.

35) UNIRIO - “(...) fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá.” O vocábulo sublinhado introduz oração que denota:

a) tempo;

b) causa;

c) condição;

d) comparação;

e) consequência.

Fonte :http://www.portuguesconcurso.com/

1.D, 2D, 3B, 4C, 5D, 6C, 7C, 8B, 9B, 10B, 11A, 12E, 13C, 14E, 15A, 16B, 17A, 18D, 19C, 20A, 21A, 225, 23A, 24E, 25E, 26A, 27C, 28D, 29E, 30D, 31C, 32E, 33B, 34D, 35E.

Epitáfio


E.pi.tá.fio



sm (gr epitáphios) 1 Inscrição num túmulo.
                            2 Breve elogio a um morto.

http://michaelis.uol.com.br/

sábado, 18 de dezembro de 2010

Revisão 7as. Imperativo

Oi, turminha!
Mais questões para trabalharmos. Gabarito só após a resolução em sala. Beijo!



01. Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços em branco:


Não .................... Você não acha preferível que ele se ........................ sem que você o ......................?

a) interfere - desdiz - obriga

b) interfira - desdisser - obrigue

c) interfira - desdissesse - obriga

d) interfere - desdiga - obriga

e) interfira - desdiga - obrigue

02. A forma verbal do imperativo não está correta na frase:
 a) Tu falas demais! Fala um pouco menos!
b) Você fala demais! Fale um pouco menos!
c) Nós falamos demais! Falemos um pouco menos!
 d) Vós falais demais! Faleis um pouco menos!
 e) Eles falam demais! Falem um pouco menos!

03. Considerando o emprego do imperativo dos verbos entre parênteses, assinale a série que preenche corretamente as frases abaixo :
 Menino, .......... amigo de seus pais. (ser)
Menino ........... bondoso com teus amigos. (ser)
Prepare-se para partir e ......... os livros na estante. (pôr)
 ............ eternamente teu glorioso nome. (honrar)
............ bons em vossas ações. (ser)

a) sede – sejas – ponhas – honrai – sê
b) seje – sejais – ponde – honra – sejais
c) sê – sede – põe – honres – sede
d) seja – sejas – põe – honre – sejais
e) seja – sê – ponha – honra – sede

04. Segundo o exemplo, assinale a alternativa correta: Jogar? Jogai vós. Faça o mesmo com os verbos: trazer, tragar, ir, ler
 a) trazei, tragai, ide, lede
b) tragam, traguem, vão, leiam
c) trazeis, tragais, ides, ledes
d) tragais, tragueis, vades, leiais
e) traze, traga, vão, leia

05. Aponte a alternativa correta:
............ em ti; mas nem sempre ................ dos outros.
 a) Creias – duvides b) Crê – duvidas c) Creias – duvidas d) Creia – duvide e) Crê – duvides

06. “Aproveita, pois, a lição!” Assinale a alternativa em que a forma verbal é a mesma do verbo destacado na frase acima:
 a) Como te enganas, meu filho!
b) Ai, que ainda me bate o coração!
c) Vem cá, meu filho!
d) Sim senhor! É interessante isto!

07. No período “Fecha os olhos e esquece”, os verbos estão na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Damos a seguir algumas variações desse mesmo período, mudando ora o tratamento, ora a forma do imperativo; uma delas é incorreta. Assinale-a:
a) Não feches os olhos, nem esqueças.
 b) Fechai os olhos e esquecei.
 c) Feche V. Ex.ª os olhos e esqueça.
d) Não fecheis os olhos, nem esqueçais.
 e) Não fechai os olhos, nem esquecei.

08. Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o imperativo negativo:

a) parti vós - não partais vós

b) amai vós - não ameis vós

c) sede vós - não sejais vós

d) ide vós - não vais vós

e) perdei vós - não percais vós

09. Para completar corretamente as frases:

........................... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que você faz.

...................... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que tu fazes.

..................... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que vós fazeis.

...................... (requerer - primeira pessoa do singular do presente do indicativo) licença.

a) ponha, põe, ponde, requeiro

b) ponhas, põe, ponde, requeiro

c) ponde, ponde, punhas, requero

d) ponhe, ponde, punhas, requero

e) n.d.a


10. Assinale a alternativa em que todas as formas estejam na segunda pessoa do plural do imperativo afirmativo:

a) ouvi, vinde, ide, traze

b) ouvi, vinde, ide, trazei

c) ouvi, venhas, ide, trazei

d) ouça, vinde, vá, tragais

e) ouça, venhas, vás, tragais


11. "Não fales! Não bebas! Não fujas!" Passando tudo para a forma afirmativa, teremos:

a) Fala! Bebe! Foge! d) Fale! Beba! Fuja!

b) Fala! Bebe! Fuja! e) Fale! Bebe! Foge!

c) Fala! Beba! Fuja!

GABARITO - 1E, 2D, 3E, 4A, 5E, 6C, 7E, 8D (VAIS, VADES), 9A, 10B, 11A.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Esperança





Esperança


Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano


Vive uma louca chamada Esperança


E ela pensa que quando todas as sirenas


Todas as buzinas


Todos os reco-recos tocarem


Atira-se


E


— ó delicioso vôo!


Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,


Outra vez criança...


E em torno dela indagará o povo:


— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?


E ela lhes dirá


(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)


Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:


— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...



Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

Revisão - Substantivos

Substantivos


Os substantivos dão nome às substâncias ou a objetos apreendidos como substâncias (qualidades, estado, processos. Dividem-se em duas categorias: os concretos e os abstratos.


Os graus do substantivo

aumentativo (tamanho maior do que o normal)

diminutivo (tamanho menor do que o normal)

Os graus têm nomes especiais

Grau analítico

Quando usa-se palavras para expressar o aumentativo ou o diminutivo: grande, enorme; pequeno, minúsculo. Exemplos: casa grande, casa enorme, boca enorme, janela pequena, olhos minúsculos, etc.

Grau sintético

Quando usa-se terminações (sufixos) para expressar o aumentativo ou o diminutivo: - ão, -zão, -arra, -ona, -inho, -ito, -eta, etc. O grau sintético, tanto na forma aumentativa quanto na diminutiva, pode ser feito de duas maneiras: regular (com sufixos comuns: -ão e -zão ( para o aumentativo ) e -inho e -zinho ( para o diminutivo) e irregular (quando toma outros sufixos ).

Alguns aumentativos regulares (-ão e -zão)


amigo - amigão/ amigalhão

atlas - atlasão

fita  - fitão

funil  -funilzão

lápis - lapisão

lobo - lobão

menino - meninão

pé - pezão

pires - piresão

Alguns aumentativos sintéticos irregulares (construídos com outros sufixos)


animal -  animalejo

ave-  avejão

bala - balaço

barca - barcaça

bêbado - bebarro

beiço - beiçola

beijo-  beijoca

bicho-  bichão, bicharrão

boca - bocarra

cabeça - cabeçorra

cadeira - cadeirão

calor - canícula

cão - canzarrão

cara - caraça, carantonha

casa - casarão

colher - colheraça

copo - copázio

coração - coraçaço

corpo-  corpanzil, corpaço

cruz - cruzeiro

dente- dentola/dentuça/dentão

drama - dramalhão

escada - escadaria

faca - facalhão, facona

fatia - fationa (preferível = fatia enorme)

fedor - fedentina

festa - festança

flor- florona / florzona

fogo - fogaréu, fogacho

forno -  fornalha

forte-  fortaleza

galo -galaroz

gato - gatarrão

grande - grandalhão

homem-  homenzarrão

lima-  limatão

ladrão - ladravaz, ladraço

limão- limonaço

língua - lingueirão

mamão - mamonaço

mão-  manzarrona, manápula/manzorra

monte- montanha

mulher -mulheraça, mulherona

muro - muralha

nariz-  narigão

navio - naviarra

olhos- olheirões

ouro -ourama

pedra - pedregulho

perna-  pernalta

poeta-  poetrasto

poeira - poeirama

povo - povaréu

prato - pratarraz

rapaz- rapagão

rato - ratazana

rico - ricaço

sapo - saparrão

unha - unhaço

voz - vozeirão

Alguns diminutivos regulares ('-inho' e '-zinho)



abelha - abelhinha

álbum - albunzinho

arte -artezinha

atividade -atividadezinha

aula -aulinha

boné -bonezinho

bota -botinha

cadáver- cadaverzinho

caneca -canequinha

casa - casinha

cão -cãozinho, cãozito

começo- comecinho

colher -colherinha, colherzinha

coelho -coelhinho

coqueiro -coqueirinho

filho- filhinho

índio indiozito

lápis -lapisinho

livro- livrinho, livrozinho

lobo -lobinho

mamão- mamãozinho

pé- pezinho

praça- pracinha

preço- precinho

pudim -pudinzinho

raio -raiozinho

rádio- radiozinho

rapaz- rapazinho

roça- rocinha

serviço- servicinho

tênis -tenisinho

urubu -urubuzinho

vaso -vasinho

xícara- xicarazita, xicarazinha, xicarinha

Alguns diminutivos irregulares ( construídos com outros sufixos )


abelha - abelhita, abelhazinha, abelhinha

aldeia -aldeola

árvore- arbusto

astro -asteroide

ave- avícula

barba -barbicha

beijo- beijote

barba -barbicha

casa- casebre/ casinha

caixa -caixote

caminhão -camioneta, caminhonete

casa -casebre

chuva -chuvisco/ chuvinha

corda -cordel

corpo -corpete

cruz- cruzeta

diabo -diabrete

espada -espadim

estátua -estatueta

fazenda -fazendola

farol -farolete

fio -filete

frango- frangote

galo -galispo

globo- glóbulo

gordo- gorducho

gota -gotícula

guerra- guerrilha

ilha- ilhéu, ilhota

homem -homúnculo

jornal- jornaleco

laje -lajota

livro- livreto, livreco

lugar -lugarejo

menina- meninota

monte -montículo

namoro -namorico

núcleo- nucléolo

obra(literatura) -opúsculo

padre -padreco

palácio- palacete

papel- papelucho

parte -partícula

perdiz- perdigoto

ponte- pontilhão

porta- portinhola

rabo -rabicho

raiz- radícula

rapaz- rapazola, rapazote, rapazelho

rio -ribeiro, riacho

rua -ruela

saco- saquitel, saquinho

sala -saleta

sapato -sapataço

vara -vareta, varela

velho velhote

verão- veranico

vila- vilela, vileta, vilola, vilarejo


Uso da forma analítica


Existem substantivos que não possuem a forma sintética para o grau aumentativo, e existem outros, que embora a possuam, prefere-se o uso da analítica para evitar cacofonia ou melhor entonação.



alegria -alegria imensa

costas -costas grandes

olheiras -olheiras enormes

vale -vale enorme

abade- abade enorme

ganso- ganso muito grande/ enorme/gigante

mato- mato extenso


Prefere-se também a forma analítica para formar o aumentativo de muitas palavras:

ponte - ponte grande, enorme, imensa

porta - porta enorme, porta grande, etc.


fonte:http://www.lpeu.com.br/a/Aumentativos-e-diminutivos.html

O QUE É ONOMATOPEIA?

As onomatopeias são palavras que representam os sons.

Atchim - espirro
nhac - som de mastigar
ping- torneira pingando



As onomatopeias são típicas das histórias em quadrinhos, quer ver?

Mais algumas palavrinhas:

Ah! Ah! Ah! – risada ou gargalhada

Eeek! ic! – soluço

Hum! – satisfação

ufa! – suspiro de cansaço
Psst! – expulsar ou chamar atenção

Você sabe o que é um Anagrama ? Não! Que absurdo!

Um anagrama (do grego ana = "voltar" ou "repetir" + graphein = "escrever") é uma espécie de jogo de palavras, resultando do rearranjo das letras de uma palavra ou frase para produzir outras palavras, utilizando todas as letras originais exatamente uma vez. Um exemplo conhecido é o nome da personagem Iracema, claro anagrama de América, no romance de José de Alencar.


Em 'Passione' o vilão Fred comprou vários lotes de ações através de sua empresa Otabol.  Bete Gouveia,em breve,  descobrirá que Otabol é Lobato ao contrário!  Otabol é um ANAGRAMA.  
Bem pensado, Fred.

Curiosidade: VOCÊ SABE O QUE É UM PALÍNDROMO?

Palin em grego quer dizer repetição. Daí o nome Palíndromos, dados às palavras ou frases que se repetem quando lidas da direita para esquerda ou da esquerda para a direita.  
Exemplos: ARARA, ERRE, RADAR,  OVO, OSSO,AJA, ELE, ESSE, OCO,RIR, RELER, REVIVER, SAIAS, SÓS 

O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; é o caso do conhecido:

Exmplos: ROMA É AMOR. 
A BABA BABA.
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Palavras denotativas

Oi, turminha!

Dicas para ajudá-los quanto à identificação de palavras denotativas.



PALAVRAS DENOTATIVAS

Certas palavras e locuções de nossa Língua se assemelham aos advérbios, mas por não exprimirem nenhuma circunstância, não podemos, a rigor, enquadrá-las como tal. Embora, em diversas situações cumpram o papel desempenhado por eles. Por isso, elas recebem uma classificação especial. A Nomenclatura Gramatical Brasileira as consideram apenas Palavras Denotativas, isto é, não se classificam em nenhuma das dez classes gramaticais.

São palavras denotativas porque expressam idéias, como de exclusão, inclusão, situação, designação, retificação, e outras. Portanto, são classificadas em função da idéia que expressam. Assim, entre outras, temos as que designam ideia de:

Adição - ainda, além disso, ademais, etc.:
• Comeu tudo e ainda queria mais.
• O homem chorou. Além disso, desmaiou.

Afastamento – embora:
 Foi embora daqui.

Afetividade - ainda bem, felizmente, infelizmente, etc.
• Ainda bem que passei de ano.

Aproximação - quase, aproximadamente, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc.:
 É quase 1h a pé.

Designação – eis:
Eis o verdadeiro culpado de tudo.

Exclusão - apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas, menos, etc. • Todos, exceto eu, foram à festa.
• Não me descontou sequer um real.
Explicação - isto é, por exemplo, a saber, etc.
• Li vários livros, a saber, os clássicos.
• Ele, por exemplo, não pode comparecer.

Inclusão - até, ainda, além disso, mesmo, também, inclusive etc.
• Nosso colega é bom em tudo, até em arqueologia.
• Espere-me, eu também vou.

Limitação - só, somente, unicamente, apenas etc.
• Apenas um me respondeu. / Só ele veio à festa.
Realce - cá, lá, mas, ainda, é que, só, é porque etc.
• E você lá sabe essa questão? / Ele é que roubou?
• Mas que olhos lindos!

Retificação - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
• Somos três, ou melhor, quatro. / Aliás, não foi isso que prometi.
• Éramos dez, ou melhor, nove homens feitos e um menino.

Situação - então, mas, se, agora, afinal etc.
• Afinal, quem está falando? / Mas quem foi?
• Então, que fazer por aqui?

___________________
Ricardo Sérgio


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Epitáfios




“Sai, afastando-me dos grupos, e fingido ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.”


(Machado de Assis - Quincas Borba - M. de Assis)

domingo, 21 de novembro de 2010

Gabarito Upe- seriado 1a. Fase 2011 - Português

 Oi, turminha!


Já saiu o gabarito, companhe-o abaixo:

1. C

2. D

3. A

4. B

5. E

6. I. 2 E 4

II. O, 1 e 3

O gabarito da segunda fase saíra à 19h 30 min
Beijo!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Duas palavras: é lamentável

 

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Renato Russo

Turminha das 8as. - 9os. anos

A dica para o AD1 -3 é estudar:

crase
regência nominal
regência verbal
orações subordinadas adverbiais
Beijo!

Turminha das 7as. 8o.s anos

Para o Ad1- 3 a dica é estudar :

aposto - tipos
vocativo
aposto X vocativo
adjunto adnominal
adjunto adverbial
predicativo
verbo e suas flexões
Não se esqueça de treinar a formação do modo imperativo afirmativo e negativo
Beijo.

Turminha do 2o. ano

Queridos, perdão pela demora. Abaixo ponho o gabarito referente à ficha 10. Até  sábado.
1.      E
2.      C
3.      D
4.      E
5.      D
6.      C
7.      A
8.      E
9.      B

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Prova do Enem =)


Essa é a Prova AZUL do ENEM, realizada no domingo, dia 7 de novembro

Recadinho ...


O poeta falou “É preciso amar como se não houvesse amanhã...” Nós professores, longe disso, amamos cientes de que há um amanhã e, vocês, nossos meninos e meninas, precisam estar preparados para competir e vencer quando necessário. Entendo que para isso, muitas vezes, insistimos mais com aqueles menos atentos.
Ah, queridos, falta tão pouco! O nosso desejo é que vocês vençam mais essa etapa acadêmica, estaremos ao seu lado para tudo o que for preciso. Não esqueça, você é a peça mais importante desse jogo. Estude, dedique-se, doe seu tempo aos estudos, faça o melhor... E, certamente, você será, mais uma vez, aprovado!

Beijo!

Profa Helena

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou"

Eclesiastes 3:1,2

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nunca Conheci quem Tivesse Levado Porrada

                           http://www.artnet.com/magazine/features/waltzer/Images/waltzer11-9-1.jpg


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,

Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,

Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,

Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,

Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,

Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.




Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,

Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,

Nunca foi senão princípe - todos eles princípes - na vida...




Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,

Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;

Quem contasse, não uma violência, mas uma cobardia!


Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?


Ó princípes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!


Onde há gente no mundo?

 
Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?



Poderão as mulheres não os terem amado,

Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!


E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,

Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?


Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,

Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.





Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Autores do Realismo e Naturalismo

Dom Casmurro

Por Machado de Assis

Realismo. A história toda se passa no Rio de Janeiro do Segundo Império e conta a história de Bento e Capitolina, esta sendo descrita por José Dias, agregado da mãe de Bento, como tendo "olhos de cigana"; a infância, onde surge a paixão com Capitu, primeiro estranha e depois mais bem definida, a juventude de Bento no Seminário ao lado de Escobar, seu melhor amigo até a morte deste por afogamento, o casamento de Bentinho e Capitu, após a mãe deste cumprir a promessa de enviar um rapaz ao serviço da Igreja mandando um "enjeitadinho" ao seminário no lugar de Bento e a separação devido ao ciúme de Bentinho por Capitu com Escobar, mesmo depois deste morrer. Ele manda então a esposa e seu filho para a Europa por causa do ciúme, quase matando-os antes envenenados. Seu encontro com o filho, muitos anos mais tarde, é frio e distante, já que a todo o instante ele o compara com Escobar, seu melhor amigo que ele achava o ter traído e ser o pai do então já jovem estudante de Arqueologia, que falece, meses depois numa escavação no estrangeiro, sem jamais ver o pai novamente. Um romance psicológico, sob o ponto de vista de Bentinho, nunca se tem certeza de que Capitolina traiu-o ou não. A favor da tese da traição existe o fato que Bento sempre parece falar a verdade, as semelhanças achadas por Bento entre seu filho e Escobar e o fato que os outros descreviam Capitu como maliciosa quando esta era jovem. Contra a tese existe que Capitu reclamou de seu ciúme e nunca efetivamente fez muita coisa que desse motivo de suspeita, exceto uma vez em que manteve um segredo com Escobar, que era casado. Este humilde escritor acha que Bento não foi traído, mas isso é essencialmente pessoal.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Por Machado de Assis

Realismo. A história é narrada por Brás Cubas, um defunto autor que após narrar sua morte e funeral começa a contar a sua vida. Conta a infância, as travessuras, o primeiro namoro com Marcela (interesseira e bela, fica pobre e feia), um namoro com Eugênia (que acaba pobre) e mais tarde seu noivado com Virgília. Como Virgília casa com outro eles mais tarde se tornam amantes. O romance era ajudado por Dona Plácida (que também morre pobre) e acaba quando esta vai para o Norte com o marido. Conta então seu reencontro com o amigo Quincas Borba (primeiro na miséria, depois rico, depois miserável e louco), que lhe expõem sua filosofia, o Humanitismo. Cubas passa seguir o Humanitismo. Já deputado, não se reelege ou se torna ministro e funda um jornal de oposição baseado no Humanitismo. Mais velho se volta para a caridade e morre logo após criar um emplasto que curaria a hipocondria e lhe traria fama.

Quincas Borba

Por Machado de Assis

Realismo. Continuação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba conta a história do ex-professor primário Pedro Rubião de Alvarenga, que após cuidar do filósofo Quincas Borba até a morte, recebe dele toda a fortuna sob a condição de tomar conta do cachorro, que também tem o nome de Quincas Borba. Rubião muda-se então para o Rio. No caminho conhece o casal Sofia e Cristiano Palha. Apaixonado por Sofia e ingênuo, Rubião vai sendo explorado e aproveitado por todos os amigos, que lhe tomam dinheiro emprestado, lhe pedem favores, jantam em sua casa mesmo quando ele não está, etc. Vai envolvendo-se sem sucesso com a política e perdendo muito dinheiro com gastos exagerados e empréstimos. Cristiano e Sofia (que não corresponde o amor) vão se aproveitando dele muito mais, subtraindo-lhe a fortuna, saindo do estado original de dívidas para um de opulência no final. A medida que o tempo passa, a decadência material e o desespero de não ter correspondido seu amor leva Rubião a enlouquecer. Enquanto no começo travava "discussões" com Quincas Borba (o cão), depois começa a pensar ser Napoleão III e Sofia sua esposa Eugênia. Passa a nomear todos nobres e generais, ter visões, falar sozinho. Quando ao final é internado num manicômio, sua fortuna não é mais 1% do que antes fora. Ele foge do manicômio e volta para Barbacena, de onde saíra após enriquecer, levando apenas Quincas Borba. Enlouquecido e pobre, é recolhido pela comadre e morre louco, corando-se Napoleão III, repetindo incessantemente nos seus últimos dias a célebre frase "Ao vencedor, as batatas!" Narrado em terceira pessoa, cheio de ironia sofisticada, uma personagem feminina dissimulada, uma dúvida constante (Quincas Borba é o título por causa do cão ou do filósofo?), esta é uma das melhores e mais famosas obras de Machado de Assis.

Esaú e Jacó

Por Machado de Assis

Realismo. Contada como que por um autor que teve acesso ao Memorial do Conselheiro Aires, usa o volume último de seus cadernos. Começa contando a história de Natividade que, grávida de gêmeos em 1871, consulta uma vidente. Esta lhe diz que seus filhos, apesar de estarem brigando em seu ventre, terão grande futuro. Ao sair, de tão feliz, dá uma esmola grande a um mendigo ("para as almas", mas ele guarda o dinheiro). Desde quando nascem os jovens Pedro e Paulo tornam-se contrários. As disputas uterinas tornam-se políticas já que Paulo é republicano e Pedro monarquista, Pedro tornar-se-á advogado, Paulo médico. Eles estudam separados (Paulo em São Paulo, Pedro no Rio) e conhecem em 1888 a filha de um casal de políticos, Flora, pela qual se apaixonam. E ela corresponde o amor aos dois. Assim os irmãos desunidos unem-se e competem pelo amor de Flora. O Conselheiro Aires, amigo das duas famílias, trabalha junto com os pais dela para que ela escolha um ou nenhum, mas escolha. Assim transcorre o tempo com os irmãos discutindo a política desde a Abolição, passando pela Proclamação da República e a queda de Deodoro (os pais de Pedro e Paulo e os de Flora são políticos e nunca parecem saber quem estará no poder). A distância por vezes separa o trio, mas eles permanecem (des)unidos. Flora é cortejada por outras, incluindo Nóbrega, o mendigo de 1871 enriquecido mais tarde, mas ela rejeita a todos. Quando em 1892, durante o estado de sítio declarado por Floriano Peixoto, Flora morre, os irmãos se unem na dor e reconciliam-se. Um mês depois renasce a inimizade. Mais um ano e tornam-se deputados (em partidos opostos, logicamente). Quando a mãe morre, pede que ambos tornem-se amigos e eles juram que o farão. No ano seguinte são vistos sempre juntos na Câmara. No seguinte àquele, desentendem-se novamente. Uma maravilhosa mostra da capacidade de Machado de Assis, esta obra foge do maniqueísmo do esquema gêmeo bom - gêmeo mau, mantendo sempre o ponto de vista que, apesar das divergências ou por causa delas, Pedro e Paulo são dois lados da mesma moeda. É eficiente também em mostrar os anos de transição do Império para a República.


Memorial de Aires

Por Machado de Assis

Realismo. Escrito sob a forma do diário do aposentado Conselheiro Aires, diplomata aposentado que deixou a mulher morta em Bruxelas. Tudo se passa de 9 de Janeiro de 1888, aniversário da volta do diplomata de Bruxelas ao Brasil, até o fim de agosto do ano seguinte. Apesar de ter sido escrita por Aires e serem suas impressões que lemos (ele declara que queimará o diário quando o acabar, se não morrer antes), a história é sobre Fidélia e Tristão. Fidélia é uma viúva moça que ainda dedica ao marido, mesmo que só ao seu túmulo, dedicação. Aires aposta com Rita, sua irmã, que ela recasará um dia; talvez até com ele. Rita é "filha de empréstimo" do casal Aguiar e ainda muito triste pelo falecimento do marido e a situação familiar geral, á que o casamento foi como um Romeu e Julieta que não uniu as famílias, mas desuniu-as. Tristão é afilhado dos Aguiares e um tanto volúvel: indo a Lisboa para se tornar advogado, torna-se médico e político. Volta então ao Brasil para visitar seus padrinhos e "pais de empréstimo". Enquanto Aires vai narrando o cotidiano daquela situação, como que fora dela como estava Brás Cubas em suas Memórias Póstumas, morre o pai de Rita e ela finalmente se reconcilia com seu passado. Ela vai à fazenda paterna fazer os arranjos e volta mais tarde. A medida em que o tempo passa Tristão e Rita vão aproximando-se, até que ele se apaixona por ela, fato que confessa a Aires, que também a admirava, mesmo que nunca a dissesse e não fosse de modo apaixonado, como que apenas pela estética de o fazer. Quase chegando o tempo de voltar a Lisboa pelos fins de 1888, Tristão vai adiando a partida até que ele e Fidélia decidem se casar. Eles esperam a aprovação dos pais dele e depois até maio para o casamento em si. O casamento procede bem e deixa o casal Aguiar felicíssimo pela união dos "filhos" e pela permanência de Tristão que estava para partir. Alguns meses depois do casamento Fidélia e Tristão decidem viajar a Europa e tentam convencer o casal Aguiar a ir também, mas eles se negam. Eles recomendam ao Conselheiro que cuide do casal e, ao chegar a Lisboa, Tristão encontra-se eleito deputado (ele tinha se naturalizado português) e eles ficam, como era seu plano original; por isso aliás tentaram convencer o velho casal a acompanhá-los. O livro acaba com uma anotação sem data após 30/08/1889, com o casal Aguiar desolado pela partida dos "filhos". Contado todo sob a forma de um diário, com anotações com datas ao invés de capítulos, este livro foi o último escrito por Machado de Assis, e o foi para compensar a perda da esposa tem fortes tons autobiográficos. Entre os fatos importantes estão o fato de que Aires está se retirando de cena, assim como o autor que faleceu no ano da publicação do livro, encontra-se saudoso, é irônico, tem influência inglesa, perdeu a esposa, etc. Remete também ao primeiro romance maduro do autor, Memórias Póstumas de Brás Cubas, já que Aires encontra-se fora de cena (mas não tanto quanto Cubas) e livre para falar sem estar preso a convenções.

O Cortiço

Por Aluísio de Azevedo

Naturalismo. O Cortiço conta principalmente duas histórias: a de João Romão e Miranda, dois comerciantes, o primeiro o avarento dono do cortiço, que vive com uma escrava ao qual ele mente liberdade. Com o tempo sua inveja de Miranda, menos rico mas mais fino, com um casamento de fachada, leva-o a querer se casar com sua filha (e tornar-se Barão no futuro, tal qual Miranda se torna no meio da história). Isto faz com que ele se refine e mais tarde tente devolver Bertoleza, a escrava, a seu antigo dono (ela se mata antes de perder a liberdade). A outra história é a de Jerônimo e Rita Baiana, o primeiro um trabalhador português que é seduzido pela Baiana e vai se abrasileirando. Acaba por abandonar a mulher, parar de pagar a escola da filha e matar o ex-amante de Rita Baiana. No pano de fundo existem várias histórias secundárias, notavelmente as de Pombinha, Leocádia e Machona, assim como a do próprio cortiço, que parece adquirir vida própria como personagem.

Casa de Pensão

Por Aluísio de Azevedo

Naturalismo. A história conta sobre Amâncio, um jovem preguiçoso e vil que chega ao Rio de Janeiro para "estudar", quando na verdade quer apenas festa. Filho de pai rígido e mãe bondosa, teve como primeiro professor um homem cruel. Sem muita intelectualidade, pena no estudo da Medicina. Primeiro mora na casa de Campos, cujo a mulher Hortênsia brinca de sedução. Depois muda-se para a casa de pensão João Coqueiro, onde este e sua mulher tramam um plano para que ele case com Amélia, sua irmã. Este plano sofre oposição de Lúcia, que quer o rapaz e sua riqueza para si. Lúcia é expulsa e Amélia e Amâncio tornam-se amantes. Os abusos de Coqueiro e seu séqüito, como a exigência de uma casa nova levam Amâncio a aborrecimentos e, meses depois da morte do pai com quem principiava a se reconciliar, tenta viajar de volta para o Maranhão. Impedido pela lei por uma acusação de ter estuprado Amélia é impedido de viajar, mas é inocentado. Campos, que ficara sempre a seu lado, volta-se contra ele após descobrir a sua paixão por Hortênsia. Após livre Amâncio vai a uma festa no Hotel Paris, onde João Coqueiro lhe mata pela manhã durante o sono. Depois do novo escândalo sua mãe chega sem saber de sua morte e o descobre vendo a exploração comercial feita do caso. Baseada em uma história real que escandalizou o Brasil no século XIX.

O Mulato

Por Aluísio de Azevedo
Naturalismo. A história é sobre o amor de Ana Rosa e seu primo Raimundo, impedido belas barreiras do preconceito racial contra Raimundo, que é mulato. Raimundo é rejeitado, ignorado e maltratado pela sociedade do Maranhão (onde a história se passa), mas ainda assim seu amor e o de Ana Rosa florescem. Após certo tempo Raimundo propõe a Manoel, seu tio e pai de Ana, que eles se casassem, mas este recusa apenas baseado no fato de que Raimundo é um mulato. Ante a esse fato Raimundo recua transtornado enquanto Ana, mesma com hesitações, tenta recuperá-lo, mesmo sem entender o motivo da separação no começo. Ele recobra os ânimos e eles decidem fugir, mas são pegos. Após uma discussão sobre o que fazer do futuro de Ana Rosa (um empregado de seu pai era seu noivo a contragosto dela), ela revela estar grávida de Raimundo.

Isso escandaliza a avó (extremamente preconceituosa e uma das maiores barreiras para este amor), estranha ao noivo e deixa o pai descrente dos fatos. O único que não se surpreende com a revelação é o cônego Diogo, confidente de Ana Rosa, amante da esposa do pai de Raimundo quando o casal era vivo, e executor do pai de Raimundo. Diogo é preconceituoso e manipulador; odeia Raimundo por este ser mulato e maçom. Quando era amante de Quitéria, esposa de José, pai de Raimundo, obrigou José a não revelar nada quando este esganou a esposa (preconceituosa, ela torturava escravos e negros forros como a mãe de Raimundo, Domingas) ao achá-la em adultério. Padrinho de Ana Rosa, ele exerce seu poder de influência muito habilidosamente e protege Dias, o noivo de Ana. Quando após o fatídico encontro eles se retiram, Diogo convence Dias a matar Raimundo e dá-lhe a arma do crime. Dias mata Raimundo relutantemente e o crime passa por todos na impressão geral de ter sido suicídio. Quando Ana descobre tem um aborto. Seis anos depois mostra-se o destino de várias personagens secundárias e o de Ana e sua família. A avó Maria Bárbara e o pai Manoel (que tinha o apelido de Pescada) morreram e ela e Dias aparecem casados e bem, com três filhos; ela comporta-se amorosamente com o marido, executor de seu antigo amado, que antes detestava. Ainda cheio de vícios românticos (maniqueísmo, herói e heroína perfeitos, vilões cruéis, supervalorização do amor, o mistério e o suspense comuns aos românticos), esta obra prevalece como naturalista pois a visão de mundo é naturalista, existe um forte Determinismo e o herói, assim como o autor, é positivista.

Luzia-Homem

Por Domingos Olímpio

Naturalismo. Luzia-Homem é um exemplo do Naturalismo regionalista. Passado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, vai contando a história da retirante Luzia, mulher arredia, de grande força física (o apelido Luzia-Homem provém desta força que lhe permitia trabalhar melhor que homens fortes). Luzia trabalha na construção de uma prisão e é desejada pelo soldado Capriúna. Mas Luzia não se interessa por amores e mantém uma relação de amizade e ajuda mútua com Alexandre. Após Alexandre propor-lhe casamento (existe por toda a história a relutância de Luzia de admitir que gosta de Alexandre), este é preso por roubar o armazém do qual era guarda. Luzia passa visitar-lhe na prisão e sua amiga, a alegre Teresinha, para cuidar de sua mãe doente. Após um certo tempo, Luzia para de lhe visitar na prisão. Ao fim Teresinha descobre que Capriúna era o verdadeiro ladrão e uma das assistentes de Luzia (ela havia sido dispensada e depois voltara ao trabalho, mas como costureira) lhe falar que a testemunha contra Alexandre mentia, o culpado é preso. A família de Teresinha aparece (ela havia fugido de casa com um amante que morreu meses depois) e ela, humilhada fica subserviente a eles, especialmente ao pai que a rejeita. Luzia descobre isto e, depois de um interlúdio, convence-a a viajar com ela, migrando para o litoral. No caminho Capriúna se liberta e vai ataca Teresinha, a culpada de sua prisão. Encontrando Luzia, mata-a e acaba caindo de um desfiladeiro. Marcado pela fala característica dos personagens, Luzia-Homem mantém duas características clássicas do Naturalismo por toda obra: o cientificismo na linguagem do narrador e o determinismo (teoria de que o homem é definido pelo meio).

Bom-Crioulo

Por Adolfo Caminha

Bom-Crioulo é o apelido de Amaro, escravo fugido que se torna marinheiro. Ele desenvolve um relacionamento homossexual com Aleixo, jovem grumete. Eles arranjam um sótão para seus encontros na casa de Carolina, amiga de Amaro. Quando este é transferido, passam a se desencontrar e Carolina seduz Aleixo. Amaro, que estava hospitalizado, doente e fraco quando antes era forte, descobre que ele havia se tornado amante de Carolina e mata-o. Nem homófobo nem homófilo, este romance apresenta a imparcialidade naturalista típica. O relacionamento dos dois é retratado como outro qualquer e Aleixo é sempre descrito como "feminino", tornando-se "masculino" só após algum tempo como amante de Carolina.

O Ateneu

Por Raul Pompéia

Naturalismo/Realismo, com tendências Expressionistas e Impressionistas. Narrado em primeira pessoa, "O Ateneu" é narrado pelo personagem principal, Sérgio, já adulto. Não linearmente, ele mostra os dois anos em que viveu na escola, microcosmo que servia de metáfora para a Monarquia e a sociedade em geral, com os fortes dominando os fracos e um rei comandando, o diretor Aristarco neste caso. Narrados são episódios de suas amizades, seus colegas interferindo com ele, a tensão homossexual entre os alunos do internato, a falsidade de uns, a deformação de caráter de outros e a única pessoa que lhes ajudava no internato, Dona Ema, mulher de Aristarco. Quando a escola é incendiada no final da história por um aluno durante as férias, Ema foge. Sérgio presencia a cena pois estava convalescendo ainda na escola. Segundo críticos posteriores este final da história seria simbólico e representaria a vingança do autor de seu passado, já que a história tem caráter semi-autobiográfico.