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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Esperança


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano

Vive uma louca chamada Esperança

E ela pensa que quando todas as sirenas

Todas as buzinas

Todos os reco-recos tocarem

Atira-se

E— ó delicioso vôo!

Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,

Outra vez criança...

E em torno dela indagará o povo:

— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?

E ela lhes dirá

(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)

Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:

— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

(Mário Quintana)


Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.


Não esqueça, há sempre um Deus no céu olhando para nós e por nós. E seu filho amado deixou-nos a promessa de que estaria sempre conosco.

"Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Jo 1:1-3 ...

Um ano novo cheio de CristoJesus!!!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Quer ler contos?


Dica: todos os contos são maravilhosos. Cerejas é um sonho.

Ciumento de carteirinha


Moacyr Scliar, escritor gaúcho, cuja obra já conta com mais de setenta títulos distribuídos pelos mais variados gêneros literários, trouxe para os nossos dias o romance central da cultura brasileira, o famoso Dom Casmurro, de Machado de Assis. Quem já leu o original de Machado deve lembrar que o personagem Bentinho torna-se um homem para sempre amargurado por desconfiar que sua esposa, Capitu, o teria traído com seu melhor amigo, Escobar.

A trama de Ciumento de carteirinha começa com um acidente que coloca em ruínas a escola onde os personagens estudam, a José Fernandes da Silva. "É uma história que tem basicamente quatro personagens, como o próprio livro do Machado, só que agora se trata de estudantes. Mais: um deles, o Queco, também se vê, como Bentinho, às voltas com o ciúme", explica Moacyr Scliar na seção "Bastidores da criação", contida em Ciumento de carteirinha.
Fonte: Ática Educacional

Bom!!!

Quer ler ficção?


A metamorfose de Franz Kafka é excelente.
Numa manhã, ao acordar para o trabalho, Gregor vê que se transformou num inseto horrível com um "dorso duro e inúmeras patas". A princípio, as suas preocupações passam por pensamentos práticos relacionados com a sua metamorfose.
Depois, as preocupações passam para um estado mais psicológico e até mesmo sentimental. Gregor sente-se magoado pela repulsa dos pais perante a sua metamorfose. Apenas a irmã se digna a levar-lhe a alimentação, mas mesmo assim a repulsa e o medo também começam a se manifestar. A metamorfose de Gregor vai além da modificação física. É sobretudo uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões.
Gregor passa a analisar as coisas que o rodeiam com muito mais atenção. Outra metamorfose ocorre no seio familiar: o pai volta a trabalhar, a irmã (Grete) também arranja um emprego e passam a alugar quartos na própria casa onde habitam. As atitudes dos pais perante o filho retratam ao leitor a idéia que este era apenas o "sustento" da casa. A metamorfose de Kafka não conta apenas a história de um homem que se transformou num inseto. É sobretudo uma história de alerta à sociedade e aos comportamentos humanos. Nesta história, Kafka presenteia-nos com a sua escrita sui generis, retratando o desespero do homem perante o absurdo do mundo.
Interessante perceber que em nenhum momento da obra Gregor se dá conta realmente que se transformou num inseto. Apenas observa seus novos membros, órgãos e hábitos, mas com o tempo se acomoda na nova condição sem realmente entender no que se tornara.
Fonte :Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esse livro vai remexer você.

Quer ler durante as férias?


Dicas: Tantã de Marie-Aude Murail

Resumo


Kleber Maluri tem 17 anos, cursa o último ano do Ensino Médio e deseja o mesmo que os outros rapazes de sua idade: namorar uma garota bacana, ingressar numa boa faculdade, tocar a vida com independência. Mas tem sobre seus ombros uma grande responsabilidade : cuidar do irmão mais velho, Barnabé – Tantã para os íntimos. Tantã é deficiente mental: um homem de 22 anos com cabeça de 3. Ele aperta todos os botões do interfone, quebra relógios e celulares em busca do homenzinho que neles se esconde e, principalmente, conversa o tempo todo com seu Lolô, um coelho de pelúcia por meio do qual encena seus dramas interiores. Órfãos de mãe, Kleber e Tantã foram esquecidos pelo pai, que internara o filho deficiente num hospício, onde passou maus bocados até ser resgatado pelo irmão mais novo. Novamente juntos, Tantã e Kleber vão morar em Paris, numa república estudantil. A partir de então, Kleber tem de se dividir para cuidar dos estudos, dos amores e sobretudo de Tantã, cuja socialização representa um desafio e tanto. Contando, porém, com a ajuda dos companheiros de república e de Zahra (uma colega de classe apaixonada pelo garoto), ele fará de tudo para ficar com o irmão, opondo-se às recomendações do pai e da assistente social.


Crítica: O livro é excelente, a história belíssima, mas há alguns palavrões. Eles aparecem no texto, mas são sempre criticados pelo personagem Tantã.

O Dono da festa



"Quando Jesus esta presente, é diferente.

A gente sente

Quando Ele fala a terra abala,

o mal se cala.

Ele não falha.

E nesta festa

Ele que manda,

que comanda.

E o crente canta

Tu és o centro de tudo neste lugar.

Faz teu querer Senhor !

Tu és a única Estrela que brilha aqui."
(Marcelo Dias E Fabiana)


"Eu te amo, ó Senhor, força minha. "

Salmos 18.1

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ezequiel 36.26-27


"Dar-vos-ei coração novo, com novos pensamentos e desejos. Darei a vocês um espírito novo. Em vez de terem corações duros como pedra que só queiram saber de pecar. Vocês terão coração de carne, para poderem me obedecer. Porei dentro em vós o meu Espírito, assim vocês serão capazes de viver conforme as minhas leis e obedecer a meus mandamentos."
Glória a Deus!

Texto opinativo



Texto opinativo ou de opinião é um texto breve e claro na interpretação dos fatos. É opinativo porque o sujeito que escreve emite opinião, ou seja, expõe o que pensa sobre o assunto em pauta, mas é um texto devidamente fundamentado, não fere a ética e o rigor da escrita.

A opinião volta-se para o juízo que cada um ou o grupo (opinião pública) tem sobre algo.
A opinião apresenta os fatos como a informação, enquadrando-os em um respectivo contexto, relacionando-os , através de uma interpretação. Elabora-se um juízo de valor sobre eles. Na opinião, o autor escolhe o ângulo de abordagem dos acontecimentos e das situações.
Exemplo de textos opinativos: editorial de revistas, comentários de jornal, etc.

Revendo: O texto opinativo tem por finalidade informar e influenciar, nomeadamente a nível político ou ideológico. Os "opinion makers" utilizam os dados da realidade para, a partir deles, convencer. Nota- opinion makers - quem escreve textos opinativos.

Fique ligado! Numa dissertação é indispensável haver argumentos que sustentem as ideias centrais, além de uma reflexão sobre o problema proposto.

Fonte:www.infomedia.pt/Stexto-de-opini…

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Deus tem poder



Josué Teodoro



Eu não vou parar de navegar,

nao vou me desesperançar com Jesus

e se a mais forte onda desse mar

me alcançar, ainda vou com Jesus.


Se as forças me deixarem só

e a luz do dia já não ter,

maus pensamentos me invadirem

Descansarei...

Descansarei naquele que me fez bem mais que vencedor
confio no Senhor.


(coro)Quem confia em Deus, jamais perde a batalha,

sua fé não falha, Deus nos faz vencer.

Tormenta vira brisa, noite vira dia.

Deus tem poder.

O inimigo atenta, mas tá derrotado.

O crente em Jesus, no sangue é lavado.

Deus é poderoso e não vai deixar,

o crente perder.


Não desista amigo, põe a fé em Cristo,

Pois fazendo isso, serás vencedor.

Diante dos seus olhos muitos cairão,

mas Deus segura firme o seu coração.


"MiL cairão ao teu lado e dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido!"

(Salmo 91.07)

Glória a Deus!

Colocação pronominal - Exercícios

Para as questões que seguem, marque C para o emprego correto dos pronomes oblíquos e I para o emprego incorreto.

1( ) Quando se estudaram minuciosamente as propostas, descobriram- se todas as falhas.
2( ) Segundo informaram- me na seção, já se encontram prontos os documentos esperados.
3( ) Os papéis que remeteram-me estão em ordem, ainda hoje devolvê-los-ei como havia prometido-lhes.
4( ) Os professores haviam-nos instruído para as provas.
5( ) Nada chegava a impressioná-la em sua passividade.
6 ( ) Deus te acompanhe por toda a vida.
7( ) Quando lhes entregariam as provas, era um mistério que não lhes era possível desvendar.
8( ) Os amigos entreolharam- se emocionados, mas não lhes deram mais nenhuma informação.
10( ) Aquele foi o livro que lhe dei como prova de admiração.
11( ) Admirou-me a despesa, porque não havias-me dito que o presente iria custar-te tão caro .
12( ) Ainda não me havias falado essas injúrias .
13 ( ) Já de pé, banhando-me, ouço-lhe os passos no corredor.
14 ( ) Dir-se-ia que todos preferem-lhe ocultar os fatos.
15 ( ) Assim que sentiu-se prejudicado, reclamou seus direitos
Gabarito:
1c, 2c, 3c, 4c, 5c,6C,7c,8I,9c,10c,11C,12C,13C,14C,15I

Colocação Pronominal

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas sobretudo na linguagem escrita.

Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso ênclise.

Próclise: É a colocação pronominal antes do verbo.


  • Palavras que atraem Próclise:
1) Palavra de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.
Ex.: Não se esqueça de mim.

b) Advérbios
Ex.: Agora se negam a depor.

c) Conjunções subordinativas
Ex.: Soube que me negariam.

d) Pronomes relativos
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

e) Pronomes indefinidos
Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.

g) Orações iniciadas por palavras interrogativas
Ex.: Quem te fez a encomenda?

h) Orações iniciadas por palavras exclamativas
Ex.: Quantos se ofendem por nada!

i) Orações que exprimem desejo (orações optativas)
Ex.: Que Deus o ajude.

Mesóclise: É a colocação pronominal no meio do verbo.


  • Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
    Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
    Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.

    Ênclise: É a colocação pronominal depois do verbo.
A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:
  • Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.
  • Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-te.
  • Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me embora agora mesmo.
  • Quando houver pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.
  • Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.
Obs.: O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.
Ex.: É preciso encontrar um meio de não o magoar./ É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

Colocação pronominal nas locuções verbais
  • Quando o verbo principal for constituído por um particípio o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.
Ex.: Haviam-me convidado para a festa.
  • Se, antes do locução verbal, houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa.
  • Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja antes dele palavra atrativa.
    Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.
  • Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

    a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
    Ex.: Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.
    Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.

    b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
    Ex.: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
    Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.

    Importante



  • Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o,a,os,as não se alteram.
Ex.: Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.
  • Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Ex.: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
  • Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
    Ex.: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Esse é o meu Deus



Onde estão os que se levantaram pra me acusar?
Onde estão os que se levantaram pra me derrubar?
Me julgaram e disseram que eu não iria conseguir
Os que se levantaram já não estão mais aqui

Eu tenho um Deus que é o Deus do impossível
Que me deu forças e alegrou meu coração
Me levantou e me deu o livramento
Meus inimigos
Ele trouxe em minhas mãos

Eu tenho um Deus
Que estava comigo enquanto eu chorava
E eu nem sabia o quanto ele me amava
Esse é o meu Deus

Eu tenho um Deus
Quando fui crucificado ele esteve comigo
Abriu minha sepultura, me deu seu Espírito
Nada vai me parar
Esse é meu Deus!

Marcelo Aguiar

Somente Jesus é capaz de nos dar paz: "Eu não vos dou a paz do mundo. Eu vos dou a Paz de Deus, que o mundo não vos pode dar". (Evangelho do Cristo, segundo João, 14:27).

Leia o texto B da prava UPE 2010


Eufemismo a figura de linguagem que atenua a dureza de alguma afirmação. Por isso, muitos a chamam de "a linguagem dos educados", uma vez que, em geral, se constitui falta de educação e de sensibilidade o emprego de determinados vocábulos que certamente causarão dissabores aos envolvidos num processo de comunicação, em determinadas circunstâncias.
Contudo, se refletirmos sobre nossa atual realidade, perceberemos que tal figura de linguagem tem sido constantemente utilizada para fazer uma preconceituosa separação entre classes sociais deste país repleto de desigualdades.
Abro parênteses apenas para comentar que preconceitos na língua portuguesa existem e precisam ser combatidos. Um bom exemplo de preconceito social refletido na forma de falar é o do personagem Chico Bento, de Maurício de Sousa. A este personagem são atribuídos valores de linguagem diferentes, se os compararmos aos dos demais personagens, apenas por ele retratar uma criança que mora no interior.
Não é difícil constatar preconceitos sociais através do emprego vocabular de muitas pessoas. Ora, por que os veículos de comunicação em geral usam expressões diferenciadas para referir-se, por exemplo, ao ato de roubar? Não há como discordar que as expressões "roubo" e "desvio de verbas" têm, praticamente, o mesmo valor semântico, mas causam impactos totalmente diferentes.
Se nos questionarmos sobre o porquê da diferença vocabular no tratamento de pessoas com escolaridades ou contas bancárias menores às de outros, identificaremos eufemismos utilizados de maneira a evidenciar muitos preconceitos de ordem social. Através de um olhar mais atento a "detalhes" assim, percebe-se que o eufemismo não é usado apenas por pessoas educadas mas também por pessoas que alimentam preconceitos sociais, infelizmente.
Identificar tais preconceitos abre caminho para discussões e reflexões construtivas sobre as concepções subjacentes à forma como rotulamos as pessoas e as distribuímos em grupos e classes sociais diferentes. A prática do respeito indiscriminado supõe a superação de preconceitos que os eufemismos estrategicamente escondem.
http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=1495, com adaptações).

Leia o texto A da prova UPE 2010


Conter a obesidade é um desafio tão urgente para o Brasil quanto acabar com a fome. Ninguém sabe ao certo quantos são os famintos brasileiros, mas o programa Fome Zero pretende atingir 44 milhões de pessoas. Por outro lado, o contingente com excesso de peso já ultrapassa a assustadora marca dos 70 milhões - cerca de 40% da população. Não há dúvida: o Brasil que come mal é maior do que o Brasil que tem fome. Apesar do tamanho do problema, falta ao país um esforço maciço de combate ao flagelo da gordura, que abre caminho para o surgimento de mais de 30 doenças e sobrecarrega o orçamento da saúde com internações hospitalares que poderiam ser evitadas. ‘As autoridades não podem achar que há contradição entre atacar a fome e a obesidade ao mesmo tempo’, comenta o endocrinologista Walmir Coutinho, ‘mas os dois são problemas complementares.’
Mesmo entre os pobres, a ocorrência de excesso de peso supera a fome. ‘Nas favelas, verifica-se que a obesidade é mais prevalente que a desnutrição’, comenta Coutinho. Nos últimos 20 anos, a obesidade infanto-juvenil cresceu 66% nos Estados Unidos e desencadeou uma batalha jurídica contra as cadeias de fast-food semelhante à guerra contra o tabaco. No Brasil, o crescimento ocorreu com um ritmo especialmente acelerado nas camadas sociais mais baixas. A consciência do problema ainda é incipiente, embora a Organização Mundial de Saúde tenha declarado a obesidade uma epidemia global que ameaça principalmente os países em desenvolvimento. Dos 6 bilhões de habitantes do planeta, 1,7 bilhão está acima do peso. A exportação do modelo americano de progresso - urbanização, proliferação de carros, junk food e longas jornadas de trabalho em frente ao computador - leva países emergentes, como Brasil, Índia e África do Sul, a um paradoxo. Em duas gerações, grande parte da população passou da desnutrição à obesidade porque teve acesso a grande quantidade de comida barata e ruim, industrializada, cheia de gorduras e açúcar.
O resultado é desastroso: as pessoas ganham peso sem acumular nutrientes essenciais. A classe média e os ricos encontram meios eficazes de combater a obesidade, responsável por 30% das mortes no Brasil. Podem pagar por programas de emagrecimento e atividade física não acessíveis aos menos favorecidos. Por isso, cada vez mais a obesidade estará relacionada à pobreza. ‘A fome é uma tragédia que precisa ser combatida, mas a obesidade atinge ainda mais gente no Brasil e acarreta um ônus mais elevado’, comenta o endocrinologista Alfredo Halpern, um dos fundadores da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.
A gravidade da situação exige um esforço articulado de saúde pública e medidas criativas.
(http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT590194-1653,00.html)

Vocativo

Vocativo vem do latim vocare. Significa chamar.
Sempre que você chamar alguém, não duvide.
Estará empregando o vocativo.
Carlos, tudo bem?
Eu te amo, Maria.

Nas cartinhas encontramos o vocativo.

Querida Luísa,
Meu amor,

Na redação oficial encontramos o vocativo.

Senhor Diretor,

E a letra maiúscula depois da vírgula?
Não tema.
Sempre que iniciar um parágrafo, use letra maíuscla,
mesmo depois do emprego da vírgula do vocativo.

Grafia : x e ch

X ou Ch?

Depois da sílaba inicial en é X:
enxoval, enxame, enxada, enxergar, enxaguar, enxaqueca, enxerto.
Tem exceção? Claro.
Palavras derivadas: Cheio dá encher e enchente, charco,
encharcado, chapéu, enchapelar, chocalho, enchocalhar.

Após um ditongo X.
caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados.

Após a sílaba inicial me é X .
mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha de cabelo.

A palavra tem origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.
abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu, xorte

Nas palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame,
xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.

Empregue Ch:

Nas palavras:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.

Regência verbal - Recuperação

Namorar - Quem namora namora alguém. É TD.
Eu namoro Ronaldo. Não existe namorar com.

Preferir - Quem prefere prefere alguma coisa a outra:
Prefiro água a Refrigerante.
Prefiro ficar em casa a sair.

Assistir - É pegador.
No sentido de presenciar, ou seja, ver, o verbo
exige a preposição a. É VTI.
Assisti à novela.
Assisti ao filme.

No sentido de ajudar, prestar assistência
dispensa a preposição. É VTD.
A Associação assiste a família.
O médico assiste o paciente.

Agradecer - Quem agradece agradece a alguém por algo.
Agradeço a Deus.
Agradecemos aos amigos.
Quero agradecer ao pastor pela oração.

Caso você opte por empregar o pronome, é vez do lhe:

Agradeço-lhes pelas orações.
Quero agradecer-lhe pelo presente.

Fique ligado!

Dica

Gente, toda hora tem alguém tropeçando no emprego do verbo fazer
significando tempo.
Veja:
“Fazem dois anos que moro na Europa.” Ai, isso dói!
Como empregá-la:
essa palavra quando indica tempo não flexiona.
Perceba a diferença:
“Faz dois anos que moro na Europa.”
“Faz cinco anos que namoro Lúcio.”
Lindo!

Dica

No seu currículo evite a expressão "experiência anterior". É mais um pleonasmo. Experiência é prática de vida. Só pode ser algo antecedente. O adjetivo sobra.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Crase ( Exercícios)

1. Assinale a frase em que o acento indicativo de crase foi empregado incorretamente:
a) Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.
b) O candidato falou às classes trabalhadoras.
c) Fiquei à espera de meus amigos.
d) Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo.
e) Você só poderá ser atendido às 9 horas.

2.
Assinalar a alternativa em que está correto o uso da crase:
a) Tenho um carro à álcool e outro à gasolina.
b) Os turistas ficaram um bom tempo à contemplar a praia.
c) Os naufragos voltaram à terra.
d) Andávamos às escuras, à procura dos índios.
e) Aquela expedição esteve à andar pelas selvas durante muito tempo.
3.
Ele aprendeu ...... tempo que a obediência ...... leis dignifica o cidadão devotado ...... pátria.
a) há - as - a d) à - às - à
b) a - às - a e) há - às - à
c) há - as - à

4. Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacunas em: "..... duas horas estamos ..... espera de sermos apresentados ..... escritor".
a) a, à, aquele d) a, há, àquele
b) há, à, aquele e) há, a, aquele
c) há, à, àquele
5.
Assinale a alternativa em que não deve haver o sinal da crase:
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra.
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir.
c) Enriqueço, a medida que trabalho.
d) Filiei-me a entidade, sem querer.
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra.

Gabarito 1. A 2. D 3. E 4. C 5. E

Regêncial Verbal (Exercícios)

Turminha,

É tempo de recuperar o que não foi aprendido. Esse é um dos conteudos. Aproveite para testar seus conhecimentos.


Assinale o erro de regência verbal.
a) Ele assistia com carinho os enfermos daquele hospital.
b) Não quero assistir esse espetáculo.
c) Carlos sempre assistiu em Belo Horizonte.
d) Não deixe de assistir àquele jogo.

2) Há erro de regência verbal na opção seguinte:
a) Aspirou profundamente o forte odor do café.
b) Ela não pode visar o passaporte.
c) Todos visam uma vida de paz.
d) Ali as pessoas aspiravam à fama.

3) Aponte a frase que apresenta incorreção de regência verbal.
a) Mário pagou o carro.
b) A moça perdoou a indiscrição do colega.
c) Antônio deixou de pagar o ajudante ontem.
d) Perdoemos aos que nos ofendem.

4) Marque o erro de regência verbal.
a) Prefiro estudar que trabalhar.
b) À cerveja prefiro o leite.
c) Prefiro leite a cerveja.
d) Prefiro este nome àquele que ele propôs.

5) Está perfeita a regência verbal na alternativa:
a) O professor procedeu a chamada.
b) Sua permanência implicará grande prejuízo a todos.
c) Devemos obedecer o regulamento.
d) Irei na sua casa logo mais.

6) Assinale a frase que não pode ser completada com o que vai nos parênteses.
a) Pagarei......alguns empregados hoje à noite. (a)
b) Naquela época, meu sobrinho assistia......Belo Horizonte. (em)
c) Não implique......o colega. (com)
d) Quando morava no campo, aspirava.......ar puro e sentia-se bem. (ao)

7) Está perfeita a regência verbal somente na seguinte alternativa:
a) A festa que ele compareceu foi ótima.
b) O livro que ele gosta muito desapareceu.
c) A empresa por que ele tanto se esforçou acabou falindo.
d) O cargo que tu aspiravas já foi preenchido.

8) Nas frases seguintes, todas com o pronome CUJO, há uma com erro de regênciaverbal. Assinale-a.
a) Esta é a criança cujo pai deseja falar-nos.
b) Paulo, por cujas atitudes não me responsabilizo, deixou a firma.
c) Luís, contra cujas idéias sempre lutei, hoje é meu amigo.
d) Está lá fora o homem cujas ideias jamais acreditei.

9) Está correta a regência da frase:
a) O filme que assistimos é excelente.
b) O emprego que aspirávamos era apenas um sonho.
c) O documento que visei era falso.

10) Marque a alternativa em que ocorre erro na substituição por pronome átono.
a) Obedeci ao professor. / Obedeci-lhe.
b) Encontrei os animais na rua. / Encontrei-os na rua.
c) Toquei o seu braço. / Toquei-lhe o braço.
d) Visitou a amiga no hospital. / Visitou-lhe no hospital.


GABARITO 1- b2- c3- c4- a5- b6- d7- c8- d9- c10- d

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Atualíssimo - "O Boca do inferno"


"Que falta nesta cidade?... Verdade.

Que mais por sua desonra?... Honra.

Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha."


Gregório de Matos

A Jesus Cristo Nosso Senhor



"Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,

Da vossa piedade me despido,

Porque quanto mais tenho delinquido,

Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto um pecado,

A abrandar-nos sobeja um só gemido,

Que a mesma culpa, que vos há ofendido,

Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida, e já cobrada

Glória tal, e prazer tão repentinovos deu,
como afirmais na Sacra História:

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada

Cobrai-a, e não queirais,

Pastor divino,

Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Gregório de Matos

Lindo intertexto!

Dois e dois são quatro



Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena
.......
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
.......
como é azul o oceano
e a lagoa, serena
.......
como um tempo de alegria
por trás do terror me acena
.......
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
.......
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
.......
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.


Ferreira Gullar

Poema XLIV


Saberás que não te amo e que te amo.

Posto que de dois modos é a vida,

a palavra é uma asa do silêncio,

o fogo tem uma metade fria.


Eu te amo para começar a amar-te,

para recomeçar o infinito

e para não deixar de amar-te nunca:

por isso não te amo ainda.


Te amo e não te amo como se tivesse

em minhas mãos as chaves da fortuna

e um incerto destino desafortunado.


Meu amor tem duas vidas para amar-te.

Por isso te amo quando não te amo

e por isso te amo quando te amo.



Pablo neruda

Um pouquinho de Cecília


"Liberdade – essa palavra

que o sonho humano alimenta;

que não há ninguém que explique,

e ninguém que não entenda".


E a vizinhança não dorme:

murmura, imagina, inventa.

Não fica bandeira escrita,

mas fica escrita a sentença."


(Cecília Meireles)

Um pouquinho de Fernando Pessoa - os heterônimos


"[...] Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar... "

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos

A hora da estrela


"Dormia de boca aberta por causa do nariz entupido. Ela nascera com maus antecedentes e agora parecia uma filha de não-sei-o-quê com ar de se desculpar por ocupar espaço. No espelho distraidamente examinou as manchas do rosto. Em Alagoas chamavam-se ‘panos’, diziam que vinham do fígado. Disfarçava os panos com grossa camada de pó branco e se ficava meio caiada era melhor que o pardacento. Ela toda era um pouco encardida pois raramente se lavava. De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente, embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio. Assuava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. Sua falta de percepção física acompanha a psicológica. Começa com o fato de ela ser alvo fácil da sociedade consumista e da indústria cultural: gosta de colecionar anúncios; seus parcos conhecimentos são extraídos da Rádio Relógio (informações ouvidas, mas nunca entendidas); gosta de cachorro-quente e coca-cola. Aceita tudo isso sem questionar, pois teme as conclusões a que pode chegar (arrepende-se em Cristo por tudo, mesmo não entendendo o que isso significa; não se vingava porque lhe disseram que isso é "coisa infernal"; apaixona-se pelo desconhecido, como no caso da palavra "efemérides", mas nunca procurava, efetivamente, conhecer o incognoscível, pois era mais fácil aceitar aceitar-lhe a existência e admirá-lo a distância)."
Clarice Lispector
Você já leu? É um texto maravilhoso.

Funeral de um lavrador


" [...]— Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
— é de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.
— Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
— é uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.
— é uma cova grande
para teu defunto parco,
porém mais que no mundo
te sentirás largo.
— é uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca. [...]"
João Cabral de Melo Neto. Morte e Vida Severina (auto de Natal pernambucano), in Morte e Vida Severina e outros poemas para vozes.

Roda viva



Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu

A gente estancou de repente

Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa

No nosso destino mandar

Mas eis que chega a roda viva

E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente

Até não poder resistir

Na volta do barco é que sente

O quanto deixou de cumprir

Faz tempo que a gente cultiva

A mais linda roseira que há

Mas eis que chega a roda viva

E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata

Não quer mais rodar não senhor

Não posso fazer serenata

A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa

Viola na rua a cantar

Mas eis que chega a roda viva

E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira

Que um dia a fogueira queimou

Foi tudo ilusão passageira

Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa

Faz força pro tempo parar

Mas eis que chega a roda viva

E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo,

roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração

Chico Buarque

O novo sempre vem


Não quero lhe falar,

Meu grande amor,

Das coisas que aprendi

Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi

E tudo o que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar

Eu sei que o amor

É uma coisa boa

Mas também sei

Que qualquer canto

É menor do que a vidaDe qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem

Há perigo na esquina

Eles venceram e o sinal

Está fechado prá nós

Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão

E beijar sua menina na rua

É que se fez o seu braço,

O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta

Pela minha paixão

Digo que estou encantada

Como uma nova invenção

Eu vou ficar nesta cidade

Não vou voltar pro sertão

Pois vejo vir vindo no vento

Cheiro de nova estação

Eu sei de tudo na ferida viva

Do meu coração...
Já faz tempo

Eu vi você na rua

Cabelo ao vento

Gente jovem reunida

Na parede da memória

Essa lembrança

É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber

Que apesar de termos

Feito tudo o que fizemos

Ainda somos os mesmos

E vivemosAinda somos os mesmos

E vivemos

Como os nossos pais...
Nossos ídolos

Ainda são os mesmos

E as aparências

Não enganam não

Você diz que depois deles

Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer

Que eu tô por fora

Ou entãoQue eu tô inventando...
Mas é você

Que ama o passado

E que não vê

É você

Que ama o passado

E que não vêQue o novo sempre vem...
Hoje eu sei

Que quem me deu a idéia

De uma nova consciência

E juventude

Tá em casaGuardado por Deus

Contando vil metal...
Minha dor é perceber

Que apesar de termos

Feito tudo, tudo,

Tudo o que fizemos

Nós ainda somos

Os mesmos e vivemos

Ainda somos

Os mesmos e vivemos

Ainda somos

Os mesmos e vivemos

Como os nossos pais...

Belchior

Flor da pele



Ando tão à flor da pele

Qualquer beijo de novela

Me faz chorar

Ando tão à flor da pele

Que teu olhar "flor na janela "

Me faz morrer

Ando tão à flor da pele

Meu desejo se confunde

Com a vontade de não ser

Ando tão à flor da pele

Que a minha pele

Tem o fogoDo juízo final

Barco sem portoSem rumo, sem vela

Cavalo sem sela

Bicho solto

Um cão sem dono

Um menino, um bandido

Às vezes me preservo

Noutras, suicido!

Mucuripe



As velas do Mucuripe

Vão sair para pescar

Vão levar as minhas mágoas

Pras águas fundas do mar

Hoje à noite namorar

Sem ter medo da saudade

Sem vontade de casar
Calça nova de riscado

Paletó de linho branco

Que até o mês passado

Lá no campo inda era flor
Sob o meu chapéu quebrado

Um sorriso ingênuo e franco

De um rapaz moço encantado

Com vinte anos de amor
Aquela estrela é bela

Vida vento vela leva-me daqui

Belchior

Me leve - cantida para não morrer


"Quando você for se embora

Moça branca como a neve

Me leve, me leve

Se acaso você não possa

Me carregar pela mão

Menina branca de neve

Me leve no coração

Se no coração não possa

Por acaso me levar

Moça de sonho e de neve

Me leve no seu lembrar

E se aí também não possa

Por tanta coisa que leve

Já viva em meu pensamento

Moça branca como a neve

Me leve no esquecimento

Moça de sonho e de neve

Me leve no esquecimento

Me leve.

(Fagner / Ferreira gullar)

Ne me qitte pas



Não me deixes,

É preciso esquecer,

Tudo se pode esquecer

Que já para trás ficou.

Esquecer o tempo dos mal-entendidos

E o tempo perdido a querer saber como

Esquecer essas horas,

Que às vezes mata,

A golpes de porque, o coração de felicidade.

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes.

Te oferecerei

Pérolas de chuva

Vindas de países

Onde nunca chove;

[...]

Criarei um país

Onde o amor será rei,

Onde o amor será lei

E você a rainha.

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes.

Não me deixes

Te Inventarei

Palavras absurdas

Que você compreenderá;

Te falarei

Daqueles amantes

Que viram de novo

Seus corações ateados;

Te contareiA história daquele rei,

Que morreu por não ter

Podido te conhecer.

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes.

Quantas vezes não se reacendeu o fogo

Do antigo vulcão

Que julgávamos muito velho

Até há quem fale

De terras queimadas

A produzir mais trigo;

Que a melhor primavera

E quando a tarde cai,

Para que o céu se inflame.

O vermelho e o negro

Não se misturam

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes,Não me deixes.

Não vou mais chorar,

Não vou mais falar,

Escondo-me aqui

Para te ver

Dançar e sorrir,

Para te ouvir

Cantar e rir.

Deixa-me ser a sombra da tua sombra,

A sombra da tua mão,

A sombra do teu cão.

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes,

Não me deixes.

Jacques Brel

Lembrança de morrer


Quando em meu peito rebentar-se a fibra,

Que o espírito enlaça à dor vivente,

Não derramem por mim nenhuma lágrima

Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura

A flor do vale que adormece ao vento:

Não quero que uma nota de alegria

Se cale por meu triste passamento.


Eu deixo a vida como deixa o tédio

Do deserto, o poento caminheiro,

– Como as horas de um longo pesadelo

Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh’alma errante,

Onde fogo insensato a consumia:

Só levo uma saudade – é desses tempos

Que amorosa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade – é dessas sombras

Que eu sentia velar nas noites minhas…

De ti, ó minha mãe, pobre coitada,

Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai… de meus únicos amigos,

Pouco - bem poucos – e que não zombavam

Quando, em noites de febre endoudecido,

Minhas pálidas crenças duvidavam.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda,

Se um suspiro nos seios treme ainda,

É pela virgem que sonhei… que nunca

Aos lábios me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora

Do pálido poeta deste flores…

Se viveu, foi por ti! e de esperança

De na vida gozar de teus amores.

Beijarei a verdade santa e nua,

Verei cristalizar-se o sonho amigo…

Ó minha virgem dos errantes sonhos,

Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem o meu leito solitário

Na floresta dos homens esquecida,

À sombra de uma cruz, e escrevam nela:

Foi poeta - sonhou - e amou na vida. [...]

Alvares de azevedo

Para viver um grande amor



"Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro- seja lá como for. Há que fazer de corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada - para viver um grande amor.
se souber achar a bem-amada - para viver um grande amor."
Vinícius de moraes

Vou-me Embora pra Pasárgada



(fragmento)

[...]
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

em a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!


E quando estiver cansado

Deito na beira do rio [...]


E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar— Lá sou amigo do rei —[...]

Vou-me embora pra Pasárgada


Manuel Bandeira

Poema de sete faces


(Fragmento)


"Meu Deus, por que me abandonaste

se sabias que eu não era Deus

se sabias que eu era fraco.


Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima,

não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração."


(Carlos Drummond de Andrade)

Os escravos



(Fragmento)


"Eu sou como a garça triste

Que mora à beira do rio,

As orvalhadas da noite

Me fazem tremer de frio.
Me fazem tremer de frio

Como os juncos da lagoa;

Feliz da araponga errante

Que é livre, que livre voa."


Castro Alves

Procurando poesia?


Noções


Entre mim e mim, há vastidões bastantes

para a navegação dos meus desejos afligidos.

Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.

Cada lâmina arrisca um olhar,

e investiga o elemento que a atinge.

Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,

só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.

Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a.

Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,

e este abandono para além da felicidade e da beleza.

Ó meu Deus, isto é minha alma:qualquer coisa que flutua

sobre este corpo efêmero e precário,

como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...

Cecília Meireles

A arte da convivência




"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu?

Mas como é difícil!"


Mário Quintana

VERSOS ÍNTIMOS


Vês! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera.Somente a Ingratidão – esta pantera –

Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!

O Homem, que, nesta terra miserável,

Mora entre feras, sente inevitável

Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo.

Acende teu cigarro!

O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,

Apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca que te beija!

Tô com vontade de poesia...


Ismália


Alphonsus de Guimaraens


Quando Ismália enlouqueceu,

Pôs-se na torre a sonhar...

Viu uma lua no céu,

Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,

Banhou-se toda em luar...

Queria subir ao céu,

Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,

Na torre pôs-se a cantar...

Estava perto do céu,

Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu

As asas para voar...

Queria a lua do céu,

Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu

Ruflaram de par em par...

Sua alma subiu ao céu,

Seu corpo desceu ao mar...

Via Láctea


"Ora (direis) ouvir estrelas!

Certo Perdeste o senso!"

E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto ...

E conversamos toda a noite,

enquanto A via láctea,

como um pálio aberto, Cintila.

E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!

Que conversas com elas?

Que sentido Tem o que dizem,

quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas."

Olavo Bilac


domingo, 6 de dezembro de 2009

Tarde Literária - Cumade Fulozinha - No meio do caminho e José

Leia alguns depoimentos de quem participou desse momento de deleite e aprendizagem.

a) Se você foi um dos personagens da peça
Conte como foi atuar, ou seja, viver o personagem durante a apresentação no palco. Como você se sentiu naquele momento? Quais recordações você levará da Tarde Literária?

"Bom atuar não é fácil porque bate uma vergonha e você fica sem jeito com todas aquelas pessoas te olhando, e o personagem queria desafiar a Cumade , mas recebeu o que merecia. A Tarde literária ajuda a ter mais responsabilidade e faz as pessoas perceberem do que somos capazes."
Richard Firmino 1o. C

"Foi muito bom, pois além de aprender com o poema - No meio do caminho- aprendi com os meus colegas como a vida é. Aprendi como atuar melhor. Este é o segundo ano que participo da Tarde Literária, mesmo assim fiquei nervosa, mas valeu. Agradeço a todos os colegas e professores."
Riviane 1o. C

"No começo fiquei um pouco nervoso, mas depois consegui encarar o meu medo. As recordações? É que foi maravilhoso ver o desempenho dos alunos, o esforço que a nossa professora fez para nos mostrar que somos capazes de vencer todas as dificuldades. Adorei a Tarde."
Joelmir Bispo (Comade Fulozinha)

"Atuar naquela peça foi ótimo, naquele momento eu me senti muito nervoso, mas valeu a pena. As recordações são boas. Agradeço tudo primeiramente a Deus, a meus amigos e a professora Helena.
José Aureo 1o. C ( José)

"Foi muito bom passar por essa experiência emocionante. Você saber que está sendo aplaudido antes de se apresentar e ser aplaudido e elogiado depois. São recordações difíceis de esquecer."
João victor Pavão 1o. C ( José)

"Foi uma experiência e tanto entrar no personagem, saber que você pode vencer os obstáculos da vida, é só acreditatar. Nunca me esquecerei desta data maravilhosa.
Jane Cleide 1o.C ( No meio do caminho)

"Foi muito bom ser personagem na peça porque a parte que fiz foi muito engraçada. Senti um frio grande na barriga. Eu sempre vou lembrar da peça, foi maravilhosa."
Leonardo Lima (No meio do Caminho)

"Bom, naquele momento fiquei muito nervosa e ansiosa para que tudo desse certo. Minha recordação é da hora que coloquei o papeiro e a Cumade veio pegar."
Micaela Barbosa. (Cumade Fulozinha)

"Foi muito legal, pois eu fiz o papel principal que foi José. Senti um frio na barriga e fiquei muito alegre. Levarei como recordação alegria e felicidade."
Eric Steillor (José)

Foi bem legal, até porque foi a primeira vez que atuei numa peça. Eu me senti feliz porque sabia que estava segura naquele momento. Foi bem legal.
Juliana Karoline 1o. C ( No meio do Caminho)

" Eu me senti como se estivesse realmente acontecendo de verdade, do jeito que o mundo está hoje, é bem provável que a personagem que eu vivi ( uma adolescente grávida de um traficante) esteja por aí. Sobre as recordações, aprendi que aquilo poderia acontecer comigo. Existem muitos obstáculos na vida, mas se a gente quiser pode superá-los."
Sabrina Paula ( No meio do caminho)

"Foi muio bom. Eu me entreguei à personagem e graças a Deus deu tudo certo. Estava nervosa e ao mesmo tempo feliz. As recordações que levarei comigo: a emoção, a união do grupo, a gratidão a todos que assistiram."
Cintia Tavares ( cumade Fulozinha)

"Sim, fui um dos personagens. Fui um pagodeiro, toquei pandeiro no poema de Carlos Drummond de Andrade. Eu me senti muito inspirado e nervoso. Aprendi que nós podemos fazer tudo, basta ter interesse. Que nos próximos anos possa sempre ter a Tarde Lieterária. "
Marcos Vinícius 1o. C ( José)

"Eu fui um personagem. Eu gostei muito de apresentar o poema de Carlos Drummond de Andrade que se chama José. No palco, eu senti algo diferente, como se eu realmente fosse alguém famoso."
Fernando Luis 1o. C (José)

b) Se você não foi um personagem da peça
Conte como você ajudou para que o espetáculo acontecesse. Diga, você gostou da apresentação da sua turma? Qual o momento mais emocionante?

"Eu ajudei com as folhas para fazer o texto José , comprei brindes, fiz poemas para os jurados. Adorei demais . O momento mais interessante foi ver Mariana como Cumade Fulozinha, foi
arrepiante "
Simone Mendes 1o. C

"Eu gostei muito, foi uma coisa nova para minha vida e dos meus amigos de sala. Ajudei nos ensaios, dei opiniões, aprendi muito em sala. Para mim nota 100 pela Tarde Literária."
Adriana dos Santos 1o. C

Tarde Literária - Quadrilha


Alguns depoimentos de quem participou desse momento de deleite e aprendizagem.


a) Se você foi um dos personagens da peça

Conte como foi atuar, ou seja, viver o personagem durante a apresentação no palco. Como você se sentiu naquele momento? Quais recordações você levará da Tarde Literária?


"Eu gostei muito, achei muito interessante, nos divertimos muito."

Darlan Caldas 1o. D


Eu me senti nervosa e triste um pouco, porque as pessoas diziam para mim: 'Lili não amava ninguém.' Mas no fim da história, eu fiquei alegre porque Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história."

Aline marques 1o. D


"Foi ótima, adorei, aprendi muito. fiquei um pouco nervosa, mas passou. Queria fazer outras vezes. E o meu personagem foi muito legal. A Tarde literária me fez aprender muito."


b) Se você não foi um personagem da peça

Conte como você ajudou para que o espetáculo acontecesse. Diga também, você gostou da apresentação da sua turma? Qual o momento mais emocionante?


"Eu ajudei na produção, levando as cadeiras e refrigerantes, também arrumando o cenário. Eu adorei a peça, pois fomos muito aplaudidos. O momento mais emocionante foi quando todos os personagens brindaram. Foi muito legal."

Márcio 1o. D


Tarde Literária - Dona Baratinha


Mais alguns depoimentos de quem participou desse momento de deleite e aprendizagem.

As perguntas foram as seguintes:

a) Se você foi um dos personagens da peça Conte como foi atuar, ou seja, viver o personagem durante a apresentação no palco. Como você se sentiu naquele momento? Quais recordações você levará da Tarde Literária?


"Foi um momento muito lindo, jamais vou esquecer. O momento mais emocionante foi quando eu me orgulhei e procurei fazer a peça com amor que é o mais importante."

Roger Talison 1o. D ( Dom Ratão)


"Como Dona Baratinha, eu pude sentir naquele pouco tempo, uma alegre tarde que passou animada e rápida. Vou recordar muito da música da peça. 'Quem quer casar com Dona Baratinha que tem laço no cabelo e dinheiro na caixinha. É carinhosa e quem com ela se casar vai ter doce todo dia no almoço e no jantar.' Foi lindo!"

Daniele Priscilla 1o. D


"Mesmo fazendo uma passagem muito curta, eu gostei. Foi bastante diferente e animada. Senti alegia, emoção e nervosismo."

Vauder Duarte 10. D


"Foi muito bom. Eu aprendi muito. Eu queria participar mais vezes da Tarde Literária.

Alyne Ingrid 1o. D


b) Se você não foi um personagem da peça

Conte como você ajudou para que o espetáculo acontecesse. Diga, você gostou da apresentação da sua turma? Qual o momento mais emocionante?


"Todos nós trabalhamos muito. Ajudei principalmente no cenário. No começo da apresentação bate aquela insegurança, mas depois tudo acabou bem. A parte mais emocionante foi quando todos começaram a cantar a música."

Ricele Castro


"Ajudei na elaboração das máscaras. Eu amei a apresentação da minha turma."

Roberta Marinho 1o. D

Auto da Compadecida



João Grilo: Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.)
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu?
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito!
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me.
Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré.
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra.
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete!
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei?
A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo.
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito.
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Encourado: Protesto.
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou.
(...)
Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.

Tarde Literária

b) Se você não foi um personagem da peça
Conte como você ajudou para que o espetáculo acontecesse. Diga, você gostou da apresentação da sua turma? Qual o momento mais emocionante?

Auto da Compadecida
"Ajudei no preparo das falas e na maquiagem. Tenho certeza que muitos se surpreenderam, mostraram o lado mais artístico e genial de cada um. O momento mais emocionante foi quando vi a apresentação, fiquei muito orgulhosa dos meus amigos."
Evelhin Paula 3o.B

“Eu fui da produção e ajudei muito no palco, abrindo e fechando as cortinas. Eu adorei a apresentação, foi muito legal. A parte mais emocionante foi quando o padeiro pediu para morrer junto com Dora.”
Josenildo Claudino 3º.B

"Eu trabalhei na produção, mas foi muito gratificante, faria tudo novamente. Eu vou levar uma boa recordação desta tarde maravilhosa. Tudo foi muito engraçado: os tiros, as falas... O momento mais emocionante foi o de Nossa Senhora, também o João Grilo. Tudo estava bonito e bem trabalhado.”
Maria Lindalva 3º. B
"Eu participei da produção. Fiz os objetos da peça como as armas dos cangaceiros. Ajudei na trilha sonora , soltei as bombas para dar a impressão de tiros. A parte mais emocionante foi o padeiro pedir perdão a Dora."
Rivaldo Soares 3o.B

Tarde Literária

Você pensa que acabou? Este ano acabou mesmo. Mas leia alguns depoimentos de quem participou desse momento de deleite e aprendizagem.
As perguntas foram as seguintes:

a) Se você foi um dos personagens da peça
Conte como foi atuar, ou seja, viver o personagem durante a apresentação no palco. Como você se sentiu naquele momento? Quais recordações você levará da Tarde Literária?
Auto da Compadecida
"Nossa! Atuar na Tarde literária como personagem , no caso eu fui o bispo, foi ótimo, pois o teatro nos leva a uma aventura inesquecível, até mesmo porque eu desenvolvi bem o meu papel. O teatro é para isso mesmo: para nós ficarmos sem vergonha. E as recordações são que todos ficaram mais unidos. Ah! O personagem João Grilo, que foi Diego , se saiu muito bem. A cena mais emocionante foi a da Compadecida."
Priscila Patrícia 3o. B
"Foi muito bom, uma nova experiência . Eu me senti muito nervoso, pois tive medo de errar, mas no decorrer da peça fui me sentindo bem . Minha recordação vai ser a de meus colegas atuando no palco e o tiro que saiu errado, foi muito engraçado."
Júlio César 3o.B
“Para mim foi um momento de muita emoção. Meu personagem foi o padre. Eu nunca pensei que iria conseguir, mas deu tudo certo, e a única coisa que eu sei é que nunca esquecerei.”
Tatiane Priscila 3º. B
"Para mim foi uma maravilha estar no palco apresentando o Auto da Compadecida, fazendo a personagem da mulher do padeiro. Eu levarei muitas recordações como quando João Grilo chama por Nossa Senhora.”
Lídia Regina 3º.B
“Sim, fiz o papel, ou seja, o personagem que muitas pessoas não querem fazer: o Diabo. Durante a apresentação fiquei morto de vergonha, o salão lotado... Em alguns momentos, eu esqueci o que falar. Vou levar lembranças para o resto da vida."
Felipe Ribeiro. 3º.B
"Foi muito bom trabalhar na Tarde Literária e ter o prazer de ser Emanuel. Confesso que fiquei um pouco nervoso, mas saiu tudo na perfeita ordem, e sempre vou lembrar daquela tarde tão engraçada. A parte mais emocionante foi quando entrei e fui exaltado por todos."
Gilson Guilherme 3o. B
"Eu achei uma coisa muito boa. Atuei como o padeiro, deu um nervoso, mas deu tudo certo. A recordação é muito boa. "
Mesion dos Santos 3o. B
"Foi ótimo, eu me senti emocionada e surpresa comigo mesma, vou levar o momento em que todos se uniram e mostraram força e carinho para com todos os colegas."
Jéssica araujo 3o.B (Compadecida)
"Eu me senti muito bem! Um pouco nervoso e arretado (sic) com os erros dos outros. Foi ótimo, muito engraçado e foi uma honra para mim fazer o personagem João Grilo."
José Diego 3o.B
"Foi muito bom atuar na peça. O meu personagem era o chefe dos cangaceiros, o Severino, que quando criança seus pais morreram pelas mãos dos policiais, por isso virou cangaceiro. As minhas recordações: a união dos alunos do 3o.B , os bons momentos da peça."
Felipe Adriano 3o. B