Clarice nasceu em Tchetchelnik,
na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920.
Veio ainda bebê para o Brasil, onde seus
pais levavam uma vida de comerciantes
judeus pobres, primeiro no Nordeste,
depois no Rio de Janeiro. A partir
de 1939, já na Faculdade de Direito da
Universidade do Brasil, trabalhou como
tradutora e secretária. No ano seguinte,
tornou-se redatora e repórter
da Agência Nacional, iniciando sua
carreira jornalística.
Em 1943, Clarice terminou o curso
de Direito, casou-se com o colega de
faculdade e futuro diplomata Maury
Gurgel Valente e publicou seu primeiro
romance, Perto do Coração
Selvagem. No ano seguinte, o
casal se mudou para
Nápoles. Na Europa,
Clarice terminou seu
segundo romance,
O Lustre, e trabalhou
num hospital, cuidando
na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920.
Veio ainda bebê para o Brasil, onde seus
pais levavam uma vida de comerciantes
judeus pobres, primeiro no Nordeste,
depois no Rio de Janeiro. A partir
de 1939, já na Faculdade de Direito da
Universidade do Brasil, trabalhou como
tradutora e secretária. No ano seguinte,
tornou-se redatora e repórter
da Agência Nacional, iniciando sua
carreira jornalística.
Em 1943, Clarice terminou o curso
de Direito, casou-se com o colega de
faculdade e futuro diplomata Maury
Gurgel Valente e publicou seu primeiro
romance, Perto do Coração
Selvagem. No ano seguinte, o
casal se mudou para
Nápoles. Na Europa,
Clarice terminou seu
segundo romance,
O Lustre, e trabalhou
num hospital, cuidando
de pracinhas feridos.
Em 1946, o casal estava
na Suíça, onde Maury era
diplomata. Em Berna, ela
teve seu primeiro filho, Pedro
(1948), e terminou de escrever A Cidade
Sitiada. Trabalhava com a máquina no
colo, para cuidar da criança.
Na década de 1950, Clarice e a
família fixaram-se nos Estados Unidos,
onde nasceu seu segundo filho, Paulo,
em 1953. Seis anos depois, separada do
marido, voltou ao Brasil com os filhos
e retomou as traduções e o jornalismo.
Em 1960, com 40 anos, lançou seu
primeiro livro de contos, Laços de
Família. Em 1961, publicou o romance
A Maçã no Escuro, considerado o melhor
livro do ano. Seguiram-se os contos de
A Legião Estrangeira e o romance
A Paixão Segundo G. H., ambos de 1964,
aclamados pela crítica e pelo público.
Em 1966, Clarice sofreu um duro
golpe: adormeceu com um cigarro
aceso e um incêndio no quarto
provocou queimaduras por todo o seu
corpo. Sua beleza foi atingida, mas não
o seu status de primeira-dama das
letras brasileiras. Em 1977, lançou
a novela A Hora da Estrela, adaptada
para o cinema. Morreu no mesmo ano
Em 1946, o casal estava
na Suíça, onde Maury era
diplomata. Em Berna, ela
teve seu primeiro filho, Pedro
(1948), e terminou de escrever A Cidade
Sitiada. Trabalhava com a máquina no
colo, para cuidar da criança.
Na década de 1950, Clarice e a
família fixaram-se nos Estados Unidos,
onde nasceu seu segundo filho, Paulo,
em 1953. Seis anos depois, separada do
marido, voltou ao Brasil com os filhos
e retomou as traduções e o jornalismo.
Em 1960, com 40 anos, lançou seu
primeiro livro de contos, Laços de
Família. Em 1961, publicou o romance
A Maçã no Escuro, considerado o melhor
livro do ano. Seguiram-se os contos de
A Legião Estrangeira e o romance
A Paixão Segundo G. H., ambos de 1964,
aclamados pela crítica e pelo público.
Em 1966, Clarice sofreu um duro
golpe: adormeceu com um cigarro
aceso e um incêndio no quarto
provocou queimaduras por todo o seu
corpo. Sua beleza foi atingida, mas não
o seu status de primeira-dama das
letras brasileiras. Em 1977, lançou
a novela A Hora da Estrela, adaptada
para o cinema. Morreu no mesmo ano
vítima de câncer.
Dos textos
Clarice Lispector mergulha na
intimidade dos seus personagens
e a investiga profundamente, em
busca do que seria o próprio núcleo
existencial dessas criaturas. Utiliza
para isso uma prosa rica em
características poéticas –
sonoridades, analogias, figuras de
linguagem – e a exposição do fluxo
psicológico dos personagens. Muitas
vezes, eles adquirem a consciência
do próprio existir a partir de uma
iluminação repentina produzida por
um fato aparentemente menor. Esse
momento crucial de descoberta de si
mesmo e toda a solidão e as dúvidas
que essa descoberta revela ao ser
humano constituem os temas
recorrentes da ficcionista.
Escrever é, assim, um processo
de conhecimento da realidade
psicológica dos seres, essencialmente
emocional e intuitivo. E por meio dele
se desvendam segredos íntimos, desejos
reprimidos, pensamentos constrangedores,
atinge-se a intimidade mais profunda. Esse
mergulho na alma humana é marca de
muitos prosadores de nossos dias. Lygia
Fagundes Telles, Osman Lins, Ivan Ângelo,
Samuel Rawet, Nélida Piñon produzem
textos que revelam alguma influência dosde Clarice
intimidade dos seus personagens
e a investiga profundamente, em
busca do que seria o próprio núcleo
existencial dessas criaturas. Utiliza
para isso uma prosa rica em
características poéticas –
sonoridades, analogias, figuras de
linguagem – e a exposição do fluxo
psicológico dos personagens. Muitas
vezes, eles adquirem a consciência
do próprio existir a partir de uma
iluminação repentina produzida por
um fato aparentemente menor. Esse
momento crucial de descoberta de si
mesmo e toda a solidão e as dúvidas
que essa descoberta revela ao ser
humano constituem os temas
recorrentes da ficcionista.
Escrever é, assim, um processo
de conhecimento da realidade
psicológica dos seres, essencialmente
emocional e intuitivo. E por meio dele
se desvendam segredos íntimos, desejos
reprimidos, pensamentos constrangedores,
atinge-se a intimidade mais profunda. Esse
mergulho na alma humana é marca de
muitos prosadores de nossos dias. Lygia
Fagundes Telles, Osman Lins, Ivan Ângelo,
Samuel Rawet, Nélida Piñon produzem
textos que revelam alguma influência dosde Clarice
Dicas de leitura
A Maçã no Escuro
Felicidade Clandestina
Laços de Família
Perto do Coração Selvagem
Felicidade Clandestina
Laços de Família
Perto do Coração Selvagem
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