Mais de um milhão e meio de crianças foram mortas durante o Holocausto. Uma geração inteira assassinada. Nos campos de extermínio, com câmaras de gás disfarçadas de chuveiros. Um guarda de Auschwitz, testemunhando no Juramento em Nuremberg, admitiu que no auge do genocídio, quando o campo estava matando dez mil judeus por dia, as crianças eram atiradas ainda vivas nas fornalhas.
Menos de dez por cento das crianças judias sobreviveram na Europa ocupada pelos nazistas. Os filhos não foram poupados do sofrimento e tortura imposto aos pais. Pelo contrário, como não podiam obedecer a ordens e trabalhar, eram tratados ainda mais duramente. Nas rondas, as crianças eram atiradas pelas janelas ou arrastadas pelos cabelos para serem jogadas nos caminhões. As crianças não foram poupadas da segregação, uso da estrela, superlotação, esconderijo, rondas, fuzilamento, deportação, trabalho escravo, campos de concentração, tortura, experimentos médicos, humilhação e assassinato.
Jonathan Sacks
Nenhum comentário:
Postar um comentário