Pages

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA


O lar lugar onde, em tese, uma criança deveria ser inserida no seu meio familiar de forma natural e espontânea, e receber todas as atenções devidas: afetivas e materiais que necessita para o seu normal desenvolvimento. Muitas vezes, torna-se um ambiente hostil para com o menor, resultando no seu abandono, em maus-tratos, abusos sexuais e até na morte do menor.

Os maus-tratos têm as mais variadas justificativas conhecidas, desde práticas e crenças religiosas, motivos disciplinares e educacionais e, em grau mais amplo, com fins econômicos. Já que há os abusos físicos, por que passam os menores para conseguir dinheiro para os pais ou tutores.

A mídia, não raro, registra casos de crianças deixadas acorrentadas em cômodos escuros, crianças de pequena idade que são limitadas ao seu próprio berço por dias, crianças que são dependuradas pelos seus punhos em canos de chuveiro ou suportes semelhantes; crianças que por negligência dos pais sofrem exposição prolongada a temperaturas extremas, enquanto aqueles tomam banho de sol ou cerveja; há casos de queimadura com brasa de cigarros e tantos outros.

Infelizmente, não estamos a falar de casos esporádicos, mas casos apresentados diariamente, em nossas telas. Há também aquelas figuras pequeninas de - 4 a 6 anos - que trabalham para obter pequenos ganhos, não esqueçamos do turismo sexual, que produz crianças sem hoje e sem amanhã.

A AUTORIA DOS MAUS TRATOS (%)

mãe: 43

pai 33

mãe+pai 10

respons. 14

PRINCIPAIS CAUSAS (%)

Alcoolismo 50

Desorganização Familiar 30

Distúrbios Psiquiátricos 10

Distúrbios de Comportamento 10

Suspeita de maus-tratos

Deve-se atentar para o fato, quando a criança, ao ser examinada pelo médico, tanto no ambulatório, quanto no domicílio, estiver apática ou triste. Outras vezes, mostrar-se receosa ou francamente temerosa, protegendo o seu rosto com mãos e antebraços ou fechando os olhos quando o médico se aproxima,como forma espontânea de defesa perante situações que imagina semelhantes àquelas em que lhe fora imposto um castigo .

Autor: Jorge Paulete Vanrell, MD, DSc, LLB, BSE, médico legista, especialista em Medicina do Trabalho. Professor de Psicopatologia no Curso de Psicologia Clínica da FARFI, São José do Rio Preto (SP),

Um comentário:

  1. É uma pena saber que existem tantas pessoas capazes de cometer esses maus-tratos com crianças !

    ResponderExcluir