Oi, turminha!
Madame Bovary de Gustave Flaubert é o romance que mais gosto. Li esta obra muitas vezes, não sei quantas, mas a cada leitura, convenço-me mais de sua genialidade. É de uma excelência literária inacreditável.
Emma é alguém que não vence a si mesma. Tenta, mas não consegue. Então se libera e vai em busca do que lhe traz prazer sem medir as consequências. Flaubert soube conduzir tão bem as personagens que nos faz crer que Ema Bovary não é culpada, mas vítima das circunstâncias. No final, com maestria, não a deixa impune: o vestido branco tem sua mancha negra.
Emma é alguém que não vence a si mesma. Tenta, mas não consegue. Então se libera e vai em busca do que lhe traz prazer sem medir as consequências. Flaubert soube conduzir tão bem as personagens que nos faz crer que Ema Bovary não é culpada, mas vítima das circunstâncias. No final, com maestria, não a deixa impune: o vestido branco tem sua mancha negra.
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O livro narra a história de Emma Bovary, esposa do médico Charles Bovary, um homem fracassado e medíocre que desperta na mulher todos os sentimentos contrários aquilo a que havia idealizado durante a mocidade.
Emma fora criada em um convento e por não apresentar sinais verdadeiros de que tivesse vocação para ser freira volta à casa do pai e ali vive uma vida pacata no campo, lendo os romances românticos idealizados de Walter Scott.
Charles fora desde menino tímido e sem iniciativa, tendo um pai omisso fora sempre controlado pela mãe e acaba por tornar-se médico. A mãe então lhe indica uma viúva de posses com quem o rapaz se casa e vive uma vida morna de sentimentos. Certa ocasião o pai de Ema quebra a perna e então Charles vai prestar atendimento ao pai da jovem, ocasião esta em que acabam se conhecendo.
Posteriormente as visitas à casa de Emma se intensificam em virtude da saúde seu pai. Logo Charles fica viúvo e daí ás núpcias é um curto intervalo de tempo.
Ao casar a moça sente que ascenderá socialmente, que viverá a vida dos salões, em contato com os nobres, mas logo entra num estado de profunda nostalgia ao perceber que o casamento constitui de uma vida monótona, cercada aos afazeres do lar.
O casal então decide mudar-se para Roeun e quando isto ocorre Emma está grávida de Berthe. Instalando-se na nova cidade, Charles de certa forma ameaça com sua presença o farmacêutico Romais que executa as funções de médico no local. Surge entre as duas famílias um clima de inveja, que não se deixa transparecer totalmente.
Emma conhece Leon , um jovem com quem trava amizade e um amor platônico, no entanto logo o rapaz se dirige a Paris para estudar Direito o que desencadeia na Senhora Bovary uma incrível sensação de solidão que é superada pelo aparecimento de Rodolfo, fidalgo decaído que vive de aparências com quem Emma vive um intenso caso de amor e com quem planeja fugir, no entanto na data marcada, Rodolfo lhe envia um bilhete alegando que não iria levá-la para o seu próprio bem, a jovem Senhora então entra em crise de depressão profunda, tempo em que se recolhe a religiosidade e se dedica ao marido.
Com a volta de Leon de Paris, Ema novamente se lança às suas aventuras amorosas e perde todos os limites do bom senso, envolvendo-se cada vez mais em dívidas, assina muitas notas promissórias, dominada pelo consumismo e pela personalidade ansiosa que a conduz finalmente ao fundo do poço. Sem saída para as dívidas e tendo perdido mais uma vez o amante, ela resolve tomar arsênico, depois de um perído agonizante ela falece. Charles não suporta a ausência da esposa e acaba morrendo de ataque cardíaco fulminante, na condição mais degradante que um ser humano é capaz de alcançar. Berthe depois da morte da tia com quem ficara depois da morte dos pais, vai trabalhar em uma tecelagem como operária e assim se dá o desfecho da trágica história da Senhora Bovary.
É importante informar que o livro é uma obra realista, sua narração parte de uma experiência do escritor, médico de profissão, escritor por vocação que estando em Rouen, perto de Paris, toma conhecimento do suicídio de uma jovem senhora, que depois de ter levado o marido à ruína ingere arsênico e falece. Flaubert durante oito anos pesquisando a vida desta senhora e como requer o romance realista, em posse de dados muito próximos da realidade escreve o romance, que lhe custou um processo por ultraje à moral do qual se livrou alegando ter escrito o livro como forma de mostrar qual deve ser o fim de uma mulher adúltera.
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