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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cem anos de solidão





Cem  anos de solidão é um romance escrito pelo autor colombiano Gabriel Garcia Marquez. Este livro foi publicado pela primeira vez na cidade de Buenos Aires, Argentina, no ano de 1967.

Cem anos de solidão se passa na cidade imaginária de Macondo, e conta a história de seus fundadores liderados pela família Buendia-Iguaran. José Arcadio Buendía é o patriarca da família e Úrsula Iguarán a matriarca. Trata-se de um casal de primos, que se casaram assustados pelo mito de que o casamento entre familiares poderia gerar filhos com rabos de porco. Este temor cria situações divertidas no início do relacionamento, mas também situações trágicas, e será, em última análise, o causador da mudança de cidade do casal para fundar Macondo.
O nome Macondo aparece em Cem anos de Solidão sem nenhuma grande explicação. José Arcadio Buendía, durante a sua viagem de saída da cidade natal, tem um sonho de uma cidade cujas construções têm paredes de espelhos e cujo nome é Macondo, mas esse nome não tem nenhum significado.

O casal tem três filhos: José Arcadio, Aureliano Buendía e Renata buendía. Posteriormente há a chegada de Rebeca. A cidade de Macondo é fundada por algumas famílias que acompanharam os Buendía durante a sua viagem, mas José Arcadio Buendía é o líder da comunidade, responsável por fazer a divisão de rescursos e mediação de conflitos. Em pouco tempo, a cidade é achada por um grupo de ciganos, que trazem diversas descobertas ao povo de Macondo. Entre os ciganos está Malquíades, um sábio que morre e ressucita diversas vezes no decorrer da história, personagem chave para o enredo de Cem anos de Solidão.

A história gira em torno da família Buendía por diversas gerações. São mostrados os encontros e desencontros ocorridos nas vidas de seus membros por diversos anos, até que o último Buendía vivo consegue decifrar as escrituras que prediziam o futuro da família. Neste trajeto, há uma mistura bastante rica e bem dosada de elementos, personagens e passagens, que incluem um comboio carregado de cadáveres. Uma população inteira que perde a memória. Mulheres que se trancam por décadas numa casa escura. Homens que arrastam atrás de si um cortejo de borboletas amarelas.

A história é belíssima e em diversos momentos é difícil entender se Cem anos de Solidão segue os padrões da realidade ou se é uma história épica. Os casos e personagens remetem a habitantes de cidades do interior da América Latina, os casos fantásticos e a longevidade das pessoas também lembra os causos contatos pelos mais velhos, nas cidades pequenas da América Latina. O tema central do livro é a solidão, pois parece que todos os integrantes da família, das mais diversas gerações, estão fadados a conviver com a solidão.

Em termos literários, Cem anos de solidão possui uma narração em terceira pessoa, escolhe um espaço único para desenvolver a história e tem um ritmo próprio e continuo, tudo isso junto facilita a familiarização do leitor com a história. O estilo do livro é o do realismo fantástico, que extrapola o que se convenciona chamar de realidade, para criar situações ricas em sentido e conotações, um grande prazer para o leito.


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