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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A vida que eu pedi, Adeus


A peça teatral A vida que eu pedi, Adeus , comédia com Aílton Graça e Vera Mancini,  traz um casal sem emprego fixo que se "vira" com muita criatividade para sobreviver. Eurides e Armando são empreendedores : atuam em vários ramos de atividade.Os semáforos são seu ponto de venda. Seus funcionários são crianças ou adultos que  vendem balas, fazem malabarismo com bolinhas e tem até engolidor de fogo.

A peça nos remete, de forma crítica e muitíssimo bem-humorada, para o dia a dia daquelas pessoas invisíveis - ou que tentamos não enxergar - que insistem em bater nos vidros  dos carros para vender algo ou cobrar por um trabalho que não solicitamos. Pessoas que vivem às vezes de pequenos golpes para conseguir levar algum para casa.

 O autor Sérgio Roveri conta que escreveu a peça a partir da observação da rotina das milhares de pessoas que estamos acostumados a ver todos os dias nas ruas , tentando ganhar a vida.

Uma das cenas que nos chamou a atenção,  acontece quando Eurides ao chegar  à casa - carregando uma caixa de sombrinhas - encontra Armando no sofá da sala escrevendo vários bilhetinhos para serem colocados nos sacos de balas.  Ela o questiona  sobre o porquê  da insistência do homem em escrever os bilhetinhos  a mão , também  dos erros ortográficos contidos neles.  Diz que o sujeito é um burro,pois não sabe escrever nem  a palavra colaboração.

Ele se justifica, dizendo que sabe escrever e aquilo é apenas uma estratégia de trabalho, já que o bilhete xerocado  com a escrita correta soaria falso,  e ninguém compraria os saquinhos de balas. Argumenta ainda , que as pessoas gostam de se sentirem superiores e quando fazem a leitura do texto, ficam sensibilizadas  com a pobreza intelectual daqueles seres marginalizados.

Texto: Sérgio Roveri. Direção: Eliane Caffé.
Elenco: Ailton Graça, Vera Mancini, Paulo Américo e Antoniela Canto.

Se você vai a São Paulo, curta!
Vida que eu Pedi, Adeus - Comédia
Teatro Gazeta (640 lugares)
Endereço: Av. Paulista, 900 – Térreo
Horário: Sexta às 21h, Sábado às 20h e Domingo às 18h.
Classificação: 12 anos. Duração: 80 minutos

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