“Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar este amor, meu senhor
Nos braços de um outro qualquer.
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nenhum pedaço do seu pode ser.
Há pessoas com nervos de aço
Há pessoas com nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que passo
Talvez não lhe venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito, amizade ou horror
Eu só sei é que quando eu a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor."
(Lupicínio Rodrigues - Nervos de aço)
A alma humana esconde muitos tormentos, mas dentre eles, o ciúme talvez seja o mais devastador.
Suponho que isso se dá, porque ele é um sentimento atrelado a outros como o querer, o amar,
O admirar...
O ciúme convive com outras emoções corrosivas como a dúvida, a desconfiança, a mágoa, o desejo, a vingança.
Difunde-se na dúvida ou na certeza, e cresce sem sensatez.
Ciúmes há de diversas espécies. Ciúme de pessoas, de coisas...
Disfarçadamente, une-se à inveja numa dramática parceria.
Associa-se à histeria.
A alma humana esconde muitos tormentos, mas dentre eles, o ciúme talvez seja o mais devastador.
Suponho que isso se dá, porque ele é um sentimento atrelado a outros como o querer, o amar,
O admirar...
O ciúme convive com outras emoções corrosivas como a dúvida, a desconfiança, a mágoa, o desejo, a vingança.
Difunde-se na dúvida ou na certeza, e cresce sem sensatez.
Ciúmes há de diversas espécies. Ciúme de pessoas, de coisas...
Disfarçadamente, une-se à inveja numa dramática parceria.
Associa-se à histeria.
É uma gama de sentimentos dolorosos, negativos e devatadores.
Invasor, dominador, enlouquecedor.
Invasor, dominador, enlouquecedor.
Apropria-se de tudo que há na alma humana.
Destrói, corrompe, cega e escoa num líquido pegajoso e gosmento que encarcera o ser.
Avança, ininterruptamente, devorando as entranhas de suas vítimas.
Traz consigo o medo, o desamparo e à temida solidão.
Aquela mesma, que paradoxalmente serve de pretexto a sua instalação, porque antes de tudo, o ciúme é um esforço precoce de se fugir da solidão.
É acionado para impedir a dor. Agride para não sofrer.
Assume ímpetos homicidas: “se ele não for meu, não será de mais ninguém”. Essa é a fantasia que nutre o ciumento.
O ciúme nos faz dependentes do amor do outro e, deslocadamente, nos faz odiá-lo por não nos amar.
Esse sentimento incongruente é um dos elementos predominantes na Literatura mundial. Alguns autores trataram o assunto magistralmente. Seus personagens foram envolvidos numa teia destrutiva. Ali, aprisionados, vitimados, dominados.
Assim estavam Otelo, Bentinho e outros. Seres completamente diferentes em suas épocas, origens e razões, mas todos invadidos, devastados, demolidos, entorpecidos, desabitados de seus brios, e a caminho do inferno.
Destrói, corrompe, cega e escoa num líquido pegajoso e gosmento que encarcera o ser.
Avança, ininterruptamente, devorando as entranhas de suas vítimas.
Traz consigo o medo, o desamparo e à temida solidão.
Aquela mesma, que paradoxalmente serve de pretexto a sua instalação, porque antes de tudo, o ciúme é um esforço precoce de se fugir da solidão.
É acionado para impedir a dor. Agride para não sofrer.
Assume ímpetos homicidas: “se ele não for meu, não será de mais ninguém”. Essa é a fantasia que nutre o ciumento.
O ciúme nos faz dependentes do amor do outro e, deslocadamente, nos faz odiá-lo por não nos amar.
Esse sentimento incongruente é um dos elementos predominantes na Literatura mundial. Alguns autores trataram o assunto magistralmente. Seus personagens foram envolvidos numa teia destrutiva. Ali, aprisionados, vitimados, dominados.
Assim estavam Otelo, Bentinho e outros. Seres completamente diferentes em suas épocas, origens e razões, mas todos invadidos, devastados, demolidos, entorpecidos, desabitados de seus brios, e a caminho do inferno.
Caro leitor,
Se você ainda não passeou pelas páginas de Otelo, de Shakespeare, e gosta do tema comentado acima. Esse é um bom momento para iniciar a leitura desse clássico mundial.
Em Otelo, o ciúme é “o monstro de olhos verdes” e provoca o assassinato de Desdêmona, ingênua e doce criatura.
Se você ainda não passeou pelas páginas de Otelo, de Shakespeare, e gosta do tema comentado acima. Esse é um bom momento para iniciar a leitura desse clássico mundial.
Em Otelo, o ciúme é “o monstro de olhos verdes” e provoca o assassinato de Desdêmona, ingênua e doce criatura.
Na leitura de Dom Casmurro, de Machado de Assis. Ficará íntimo da linda Capitolina.
Enxergará Bentinho a se enxergar, incapaz de mudar o irreversível tempo. Nessa narrativa, o ciúme destrói um amor de infância, é a mola propulsora de agressões entre os casais. É mau conselheiro, destrói a amizade ou a lembrança terna dela, faz-nos acreditar no mal. Julgar e condenar, rapidamente. Arruína uma família.
Enxergará Bentinho a se enxergar, incapaz de mudar o irreversível tempo. Nessa narrativa, o ciúme destrói um amor de infância, é a mola propulsora de agressões entre os casais. É mau conselheiro, destrói a amizade ou a lembrança terna dela, faz-nos acreditar no mal. Julgar e condenar, rapidamente. Arruína uma família.
Para instigá-lo, trouxe fragmentos de músicas que tratam o temae confirmam o que falamos acima. Espero que goste.
“Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista nem bancar o possessivo
Ser mais seguro e não se tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme”
(Ultraje a rigor – Ciúme)
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista nem bancar o possessivo
Ser mais seguro e não se tão impulsivo
Mas eu me mordo de ciúme”
(Ultraje a rigor – Ciúme)
Tudo que é seu meu bem
Também pertence a mim
Vou dizer agora tudo
Do princípio ao fim
Da sua cabeça até
A ponta do dedão do pé
Tudo que é seu, meu bem
É meu, é meu, é meu,
É meu, é meu, é meu
É meu, é meu, é meu
É meu, é meu, é meu
(Roberto Carlos)
"Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça"
Desculpe o Auê
(Rita Lee)
Mas enquanto houver força em meu peito
Eu não quero mais nada
Só vingança, vingança, vingança aos santos clamar
Você há de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar
Eu não quero mais nada
Só vingança, vingança, vingança aos santos clamar
Você há de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar
Vingança
(Doris Monteiro)
Este telefone que não para de tocar
Está sempre ocupado
quando eu penso em lhe falar
Quero então saber logo quem lhe telefonou
O que disse, o que queria e o que você falou
Só de ciúme, ciúme de você
Ciúme de você, ciúme de você
Ciúme de você
Roberto Carlos
"Atire a primeira pedra, ai, ai, ai
Aquele que não sofreu por amor"
Ataulfo Alves , Letra De Mário Lago
Até a próxima, espero que tenham gostado de passar por aqui.
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